quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

KTM e do Rally Dakar: Nova era em 2011


A marca KTM tornou-se sinónimo de corridas off-road e em particular do maior desafio de ralis, o Dakar.

Quando a corrida de 16 dias, que testa homens e máquinas, começar em Buenos Aires no dia 1 de Janeiro de 2011 anuncia-se uma nova era para a empresa austríaca, com quatro pilotos de fábrica que concorrem com a nova máquina da empresa austríaca, a KTM Rally 450.

A KTM volta em 2011 para tentar conquistar o título pela 10ª vez consecutiva. As motos e pilotos que têm representado a marca venceram a corrida sempre que foi realizada desde que levantaram o troféu em 2001. O rali de 2008 foi cancelado na véspera da corrida, após as ameaças terroristas no norte da África, depois deste incidente os organizadores decidiram mudar o evento anual para a América do Sul.

Quando os pilotos partem da capital argentina no dia de Ano Novo começam 16 dias de pura aventura que apela a todas as suas capacidades e tácticas de corrida e exige 100 por cento de aptidão física e mental. Projectada para testar tanto os pilotos como as máquinas para os limites da sua resistência, a corrida faz um grande laço entre a Argentina e o Chile tendo uma enorme variedade de terreno, inclusive cruzando os Andes e o Deserto do Atacama reconhecido como o lugar mais seco do planeta.

A liderar o ataque da KTM em 2011...

A liderar o ataque KTM estão dois pilotos que são reconhecidos como os melhores expoentes do mundo do desporto - nascido na França Cyril Déspres e o espanhol Marc Coma, que venceram três e dois troféus no Dakar, respectivamente, para a KTM. Em 2011, eles levam duas equipas separadas e seus "co-pilotos" serão Ruben Faria de Portugal e Juan Pedrero Garcia de Espanha. Todos os quatro pilotos vão estar aos comandos da nova moto KTM 450 Rally, que foi concebida pelo departamento R&D da KTM em estreita cooperação com o Departamento KTM Racing, com um valioso contributo dos dois pilotos chave de fábrica. A KTM 450 Rally foi desenvolvida especificamente para o Dakar em resposta a uma mudança de regras pelos organizadores, em 2009, que limitou o tamanho do motor até 450 cc. A nova moto, revelada ao público em geral no Milão EICMA Motorcycle Show, em Novembro, entrou pela primeira vez em acção no Rali de Marrocos, em Outubro de 2010 quando Cyril Déspres venceu a corrida.

O que os pilotos devem atingir...

Os Pilotos podem ter de realizar cerca de 800-900 km por dia, embora algumas etapas sejam mais curtas. A maioria dos concorrentes são amadores, muitos deles em busca da realização de um sonho. A KTM não está no Dakar apenas para apoiar os seus pilotos de fábrica, mas também para dar apoio para um grande contingente de pilotos privados. A empresa fabrica motos para aluguer e disponibiliza pacotes aos clientes que incluem diversas peças de substituição e manutenção com a valiosa contribuição de especialistas que garantem que a experiência do que poderá ocorrer apenas uma vez na vida para alguns pilotos pode ser uma memória duradoura e a aventura de uma vida. Para estes e outros grandes ralis, a KTM está presente com uma gama completa de serviços e com a KTM Truck Service.

O que os pilotos KTM podem esperar...

Parte do percurso pela Argentina e Chile para esta terceira edição do Dakar sul-americano (e a 33ª no total) será familiar para os pilotos da KTM, mas enfrentarão também terreno desconhecido. Eles já conhecem as dunas brancas de Fiambalá e o Deserto do Atacama, no Chile. Eles sabem também o que é experimentar a emocionante descida até Iquique, mas este ano conhecerão cinco novas províncias na Argentina. Os pilotos andarão muito próximos da Bolívia e alcançarão também a ponta mais a norte do Chile, na fronteira com o Peru. Os organizadores também reduziram as funções de GPS para a orientação dos chamados "way point markers", dando grande importância às capacidades de navegação e leitura do road book. Este ano os organizadores desenharam o percurso de modo que as etapas mais difíceis decorrerão na segunda metade do rali, aumentando assim o nível de suspense à medida que a corrida avança. A organização revelou que os competidores e equipas entrarão num desafio de extrema dureza e como Coma e Després sabem por experiência pessoal, o rali nunca está terminado até que se cruze a meta.

Os pilotos de fábrica KTM para 2011

Cyril Despres de Andorra, competiu pela primeira vez no Dakar em 2000 e terminou em 16º na classificação geral e em segundo da sua categoria. Em 2001 terminou em 12º e venceu a sua primeira etapa. Em 2003 venceu três especiais e terminou em segundo, num ano em que também venceu o Campeonato Mundial de Rally. Em 2005 alcançou a sua primeira vitória absoluta no Dakar, com uma KTM de fábrica. "Esse dia ficará gravado na minha memória para sempre", disse ele. "Vencer a mais difícil corrida do mundo e subir ao pódio cercado pela multidão no Senegal - Uau! Que uma grande sensação", lembrou Després. Després alcançou novo troféu no Dakar de 2007 e a terceira vitória chegou em 2010. Este ano Cyril reduziu o seu programa de corridas para concentrar-se no desenvolvimento da nova moto KTM 450 Rally. O piloto acabou por vencer o Rali de Marrocos naquele que foi o primeiro "passeio" da KTM 450 Rally.

Marc Coma, natural de Barcelona foi introduzido ao desporto numa idade precoce, através do seu pai, que disputou Campeonato Espanhol MX e do seu tio, um fã dedicado. Ele passou pelo motocross a nível regional, provincial e nacional antes de ir para o Enduro. Ele ganhou o Campeonato Espanhol Júnior em 1995 com uma KTM 250 cc e correu no Enduro a nível internacional antes de se iniciar na competição de rali profissional. Coma estreou-se no Rally Dakar em 2002, quando ele andava de CSV, mas teve que desistir com problemas mecânicos, quando estava entre os 20 melhores. O piloto juntou-se à KTM, integrado na equipa Repsol para o Dakar de 2003, onde terminou em terceiro lugar em quatro etapas e se revelou como um sério candidato. O espanhol venceu o Rally Dakar em 2006, em África e em 2009 repetiu o sucesso na América do Sul. Em 2010, Coma venceu o Campeonato Mundial de Rali pela quarta vez na sequência dos seus títulos em 2005, 2006 e 2007.

Os novos membros da equipa

Cyril Despres escolheu o português Rúben Faria como o seu "mochileiro" para a equipa Red Bull KTM. Nascido em 1974, Faria começou a correr em 1982 no Campeonato Português onde alcançou vários títulos nacionais de MX e Enduro, bem como, entre outros, dois títulos nacionais de Bajas. Ele venceu três etapas no Dakar, que considera ser a sua corrida favorita. Rúben Faria quer terminar entre os cinco primeiros em 2011.

Marc Coma escolheu o espanhol Juan García Pedrero para o acompanhar na equipa Red Bull MRW. Pedrero começou a correr aos 14 anos. Ele passou boa parte da sua carreira de piloto no Enduro e competiu pela primeira vez com uma moto KTM em 2008. Em 2010 ele terminou em 10º no Dakar. Pedrero também alcançou o segundo lugar na Baja Aragon.


Dakar 2011 - os números

Número de Ralis Dakar até o momento:
33

Número de Ralis Dakar na América do Sul: 2 (2008 e 2009)

Datas de início e término do Rally Dakar 2011:
01-16 de Janeiro

Percurso total:
9.000 quilómetros que incluem cerca de 5000 km de especiais cronometradas.

Distância que os pilotos podem viajar num único dia: entre 8 e 900 km

Ponto mais alto de altitude:
4800 m

Média de chuvas no deserto do Atacama:
0 mm

Mais longa etapa:
Etapa 7 - Arica -> Antofagasta

Número de motos KTM em 2011: 63(mais do que qualquer outra marca)

Cilindrada do motor da KTM:
450 cc

Número de vitórias da KTM no Dakar:
9

Número de vitórias para Cyril Despres:
3

Número de vitórias para Marc Coma: 2

Primeiro Paris-Dakar: 1979

Foto: Jahn M. - KTM