Após uma jornada de descoberta do solo marroquino no dia de ontem, o ribatejano David Megre realizou hoje a especial mais extensa de todo o Rallye Estoril-Marrakech.
Um dia com 350 quilómetros de extensão onde os pilotos tiveram que ultrapassar o Erg de Merzouga, uma estreia para muitos no que diz respeito ás dunas de grande porte.
Partindo de Er Rachidia na sexta posição o piloto da Cetelem regressou ao ‘bivouac’ com idêntica posição em termos de classificação geral, mas bastante satisfeito com a sua prestação pessoal aos comandos da KTM com as cores da Caismotor.
“Penso que não podia correr melhor tendo em conta todos os factores novos que vou encontrando nesta prova. Continuo a progredir na navegação e a prova disso mesmo é que entre os estreantes sou dos poucos que ainda não penalizaram. Hoje fui sétimo na especial e mantive o sexto lugar na geral. Senti-me muito bem ao longo de todo o dia e consegui sempre encontrar o meu ritmo em todos os momentos, excepção feita ao final em que fui forçado a baixar de forma drástica o meu ritmo porque estava cheio de dores no ombro. Os quilómetros acumulados fizeram-se sentir hoje pela primeira vez.”
David Megre iniciou a prova lesionado num ombro e também num braço onde uma sutura recente continua a exigir cuidados diários, em consequência de uma queda em treinos alguns dias antes da prova.
“Treinei em casa a operação diária de tratamento ao ferimento e tenho conseguido sempre fazer os procedimentos sem problemas, com alguma ajuda da equipa médica da prova que se tem mostrado irrepreensível. Mas só hoje realmente o ombro se queixou um pouco mais. De qualquer das formas nada de grave que me possa impedir de continuar em corrida, antes pelo contrário.”
Com três especiais ainda por realizar até ao final da prova David Megre não esconde que neste momento gostava de conseguir pelo menos ganhar mais uma posição de forma a atingir a cidade de Marrakech na quinta posição final.
“Claro que gostava, mas amanhã teremos de novo um dia exigente, ao que se sabe rápido e onde os mais experientes podem fazer de novo a diferença. Mas até ao final vou continuar a tentar, sem no entanto correr riscos desnecessários.”
