sábado, 12 de junho de 2010

Miguel Barbosa analisa estreia no Estoril-Marrakech


Depois da desistência forçada devido a novos problemas no motor, à partida para o regresso a Lisboa Miguel Barbosa teceu alguns comentários relativos à sua participação nesta nova competição inserida no CPTT.

Com a divisão da prova em duas fases, cabendo exclusivamente à competição decorrida na península ibérica a pontuação para o CPTT, a dupla composta por Miguel Barbosa e Miguel Ramalho apostavam tudo numa vitória em solo nacional de forma a se distanciarem na liderança do campeonato português de todo-o-terreno, deixando para o território marroquino uma adaptação e aumento de experiência em terrenos de dunas mais ao estilo do Dakar.

Mesmo antes do começo da prova, a equipa BP Ultimate Vodafone Team foi surpreendida pela imposição da FIA em reduzir 500 rpm ao motor do Mitsubishi Lancer Turbo sendo “incompreensível a razão para esta imposição pois é facilmente visível que não teremos o andamento para os nossos principais concorrentes”, segundo referiu Miguel Barbosa logo que teve conhecimento desta medida.

O motor seria praticamente um tema diário pois, além da restrição, foram vários os problemas sentidos pela BP Ultimate Vodafone Team logo durante as primeiras etapas que obrigaram à sua substituição logo durante as primeiras etapas e que levaram ao abandono. A disputa pela vitória da prova ficou então desde logo posta de parte tentando “na ultima etapa minimizar os pontos perdidos para o Filipe e pensar unicamente no campeonato”.

Ainda que agora, perdendo também a liderança no CPTT, Miguel Barbosa encontra-se unicamente a 9 pontos de Filipe Campos com ainda duas provas para disputar sendo que para o ainda campeão em titulo, resta apenas uma, fruto das novas regras onde os pilotos podem escolher 6 das 8 provas constantes do CPTT. Com 10 pontos atribuídos por cada vitória, o campeonato encontra-se ainda totalmente em aberto.

Com a entrada em solo marroquino para discussão das restantes etapas, a aspiração dos principais pilotos nacionais passava a ser “ganhar experiência e disputar dia a dia”. No entanto, azares atrás de azares e falta de potencia do motor foram atrasando Miguel Barbosa até que novo problema no motor e turbo obrigaram à sua desistência definitiva quando faltavam 2 dias de prova.

Havendo aspectos muito positivos desta participação onde “ a prova é excepcional e a organização do melhor que há no mundo surpreendendo todos pelas condições e percursos”. O facto de partir do Estoril é também um factor importante para os pilotos pois “ sair de casa e acabar no deserto é algo único e que cria mais valor para os patrocinadores, para o publico e pilotos.”

Os aspectos negativos são obviamente muitos e óbvios. Fazer uma prova “sentindo que nunca estávamos em condições de disputar a liderança é frustrante”. Os problemas mecânicos sentidos “fazem parte da equação deste tipo de competição e também já aconteceu aos meus concorrente mas deixa-nos sempre bastante frustrados pois é algo que não podemos evitar”.

A paragem no calendário do CPTT até Setembro servirão para a equipa “evoluir mais e perceber melhor o que aconteceu aqui em Marrocos e em Portugal.”