sábado, 12 de junho de 2010

Ruben vence em Foum Zguid


Pouco mais de 300 quilómetros marcaram a penúltima especial do Estoril-Marrakech que hoje levou a sobrevivente caravana da prova até à cidade de Marrakech. A especial foi desenhada entre Zagora e Foum Zguid, uma tipica especial de Dakar com passagem pelo Lago Iriki e ainda pelas dunas de Chegaga, na despedida da areia desta edição da prova.

Após ter subido ao segundo posto no dia de ontem o piloto do Algarve apostou forte nesta derradeira especial de longa extensão para mostrar os seus dotes e conseguir mesmo reduzir a desvantagem para o líder, o que deixa ainda a luta pela primeira posição em aberto, com Ruben Faria a 8 minutos e 26 segundos do líder.

“Será muito difícil conseguir ganhar tanto tempo em apenas 70 quilómetros de especial no dia de amanhã, mas tudo pode acontecer.” Comentários do piloto do Team Red Bull KTM na chegada ao final da especial, em Foum Zguid, antes de iniciar a longa ligação até Marrakech.

“Foi um dia muito bom, no primeiro CP estava com 47 segundos de vantagem, mas o Verhoeven atacou e passou para o comando no segundo CP. Depois do abastecimento ataquei e consegui ganhar de novo vantagem para o holandês e terminar com um minuto e meio para ele. Foi um dia muito positivo, naveguei muito bem e consegui andar bem depressa. As zonas mais sinuosas são sempre mais exigentes para esta moto, mas hoje compensei bem nas pistas rápidas onde andei realmente muito depressa. Nessas situações esta moto dá muito gozo e hoje diverti-me bastante.”


Quanto à possibilidade de poder discutir o primeiro posto até ao final da corrida, Ruben Faria mostra-se para já bastante “…satisfeito com o segundo lugar. Depois do abandono do Cyril devido à lesão que sofreu e que o forçou a estar ausente da prova acho que defendi bem as cores da equipa. Estou satisfeito com o segundo lugar final e neste momento é complicado chegar ao primeiro senão mesmo impossível.”

Ruben Faria enfrenta agora a derradeira ligação da prova com vista a chegar a Marrakech onde preparará a sua moto e o ‘road-book’ para o derradeiro dia de prova, onde terá que enfrentar sete dezenas de quilómetros que deverão de novo trazer à corrida as pistas sinuosas e com mais pedra como encontrou hoje na primeira metade da especial.

“Será certamente uma despedida em beleza de uma prova que mostrou ter capacidade para estar no calendário mundial.”