sábado, 16 de janeiro de 2010

Hélder Rodrigues termina em 4º lugar e faz história


UM DAKAR NO PELOTÃO DA FRENTE

Terminou a edição de 2010 do Rali Dakar Argentina-Chile e Hélder Rodrigues vê o seu estatuto reforçado. Com uma presença permanente no grupo da frente, o seu 4º lugar da geral é histórico para Portugal. Nunca um motard luso foi tão longe na mais dura maratona do todo-o-terreno mundial!

Depois de terminar o Rali Dakar Argentina-Chile 2010 destacado no quarto lugar da classificação geral, Hélder Rodrigues integra por direito próprio a galeria de sucessos do desporto português. Melhor privado em prova, melhor piloto Yamaha, melhor motard luso de sempre na mais mítica maratona do todo-o-terreno mundial – igualando em termos absolutos a melhor prestação de um português (Carlos Sousa) no Dakar. Motivos de sobra para Rodrigues celebrar um novo marco na sua carreira; “Estou muito contente, pois provei que tenho andamento e capacidades para andar com consistência na frente do Dakar. Estou em forma – chego ao fim sem lesões ou problemas físicos - e altamente motivado para continuar a apostar no Dakar. Sou de longe o mais jovem dos pilotos da frente e depois deste resultado sinto que vencer um Dakar é um sonho que está ao meu alcance e que posso concretizar a curto prazo!”

A 14ª e última etapa do Dakar – que ligou San Rafael a Buenos Aires - trouxe de volta os pisos rápidos, um terreno menos favorável às 450. Atento à prestação dos seus adversários, Hélder Rodrigues fez o terceiro melhor tempo do dia nos 206 quilómetros da derradeira especial – a 3m45s de Ruben Faria; “Ataquei ao máximo durante toda a etapa, sabia que a margem de manobra para subir era escassa – pois em velocidade não podia competir com as motos de maior cilindrada. Mesmo assim dei tudo por tudo, mas a 20 quilómetros do fim a mousse [pneu] da roda de trás derreteu e tive que moderar o andamento para chegar à meta”. Em termos absolutos, o piloto de Almargem do Bispo conclui este Dakar num confortável 4º lugar da geral a 1h19’33 de Cyril Despres e atrás, respectivamente, de Ullevalseter (KTM) e de Francisco Lopes (Aprilia).

Ao longo dos 9000 quilómetros percorridos nas pistas da Argentina e do Chile, Hélder Rodrigues foi sempre uma presença constante no pelotão da frente. Fora do Top-10 apenas numa única etapa – a sétima onde sofreu uma avaria na sua Yamaha WR 450 – o piloto Red Bull/TMN destacou-se pela regularidade e chegou mesmo a ocupar a meio da prova o segundo posto da geral. Por isso, “o balanço desta quarta participação no Dakar é naturalmente muito positivo, pois fui sempre muito rápido e competitivo”.