Com um segundo lugar no Rally Dakar 2006 Volkso piloto oficial da Volkswagen, Giniel de Villiers obteve o melhor resultado até hoje para um veículo a Diesel no Dakar. Se colocarmos a questão de que, nesta edição do Dakar o vencedor será muito provavelmente um veículo diesel, na sua estreia na América do Sul ( de 3 a 18 de Janeiro), então o sul Africano juntamente com o seu co-piloto Dirk von Zitzewitz , ao volante um Race Touareg equipado com o motor de 280cv TDi , será certamente um dos candidatos à vitória. Numa breve entrevista o piloto de 36 anos de idade oriundo de Stellenbosch fala das dificuldades que irá passar ao longo dos 9578 quilómetros que atravessam o deserto na Argentina e Chile, da preparação intensiva e também as hipóteses de vitória - e acerca de uma recompensa muito especial que o espera quando terminar.
O "Dakar" é considerado como o maior desafio de Automobilismo, como um teste para homem e máquina.
O que é que precisa para sair vitorioso desta prova?
Giniel de Villiers: "Três coisas são importantes. Em primeiro lugar: Temos de nos preparar o melhor possível e não devemos, de maneira alguma deixar nada ao acaso. O mesmo se aplica à equipa, material, pilotos e co-pilotos. O Rally Dakar é realmente um jogo de equipa. Outra coisa é devemos sempre tomar as decisões certas ao longo dos 15 dias de prova. Um pequeno erro e o rally pode acabar mesmo antes de começar. Por último, mas de modo nenhum menos importante, precisamos da sorte do nosso lado para que as coisas corram a nosso favor ".
O que é que faz com que a Volkswagen tenha hipóteses de vencer o "Dakar"?
"Acredito firmemente que a Volkswagen tem grandes hipóteses de vencer o « Dakar ». Com o Race Touareg, temos rapidez, desenvolvimente e fiabilidade. Penso que os pilotos e navegadores também estão perfeitamente preparados. Temos feito o nosso trabalho ao longo do ano e reunimos o melhor conjunto".
O que tem de tão especial a estreia do Rally Dakar na América do Sul?
"É muito difícil avaliar de antemão como é o "novo Dakar" sem ver os desafios que nos irá proporcionar. Há um grande número de incógnitas neste ano, como, por exemplo, como é o terreno. Afinal, o que se ouve é que vai ser mais difícil do que no anos anteriores. As etapas são longas, as temperaturas são mais elevadas do que em África e muitas passagens com dunas muito altas nos esperam. Por isso, estou convencido de que os organizadores têm preparado um rali único. "
Uma das incógnitas são as altitudes extremas que vão ser passadas durante a travessia pela Cordilheira dos Andes. O que tem este assunto de tão especial ?
"O factor altitude é realmente algo completamente novo para cada equipa. Vamos passar em zonas com uma altitude acima dos 4.700 metros acima do nível do mar - não serão apenas os motores a terem "falta de ar". Os pilotos e co-pilotos também devem estar preparados para essas condições. Em virtude dos testes feitos com o Race Touareg, acredito que nada foi deixado ao acaso no que diz respeito à parte técnica. O mesmo pode ser dito para os pilotos e navegadores. Nós damos um grande valor à aptidão física, porque só temos a concentração necessária para prevenir erros, se estivermos em perfeitas condições físicas. "
Terminou a preparação para o "Dakar". Como vai passar o tempo até ao início do rali em Buenos Aires no dia 3 de Janeiro?
"Para ser sincero os próximos dias serão os únicos onde terei tempo para descansar após o duro programa físico. No dia 28 de dezembro vou de avião desde a Cidade do Cabo para Buenos Aires. Teremos a oportunidade para nos ambientarmos à diferença horária, acompanhar os nossos carros na verificações técnicas e participar nas nossas obrigações de relações públicas".
Nasceu na África do Sul numa das melhores regiões vinícolas. O rali também passa em Mendoza, onde são produzidos os melhores vinhos sul-americanos. Irá ter a oportunidade de os experimentar?
"Durante a competição não certamente, porque no dia seguinte torna-se complicado. No entanto, talvez possa ter a oportunidade de comprar uma garrafa de vinho e levá-la comigo, e se conseguirmos fazer aquilo a que nos propusemos - o que significa vencer o «Dakar» - vamos abri-la no final e saboreá-la ao máximo. "
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