O dia começou com uma verdadeira cambalhota na classificação geral, uma vez que, logo ao km20 do primeiro setor seletivo, Miguel Barbosa se via forçado a desistir após problemas mecânicos no seu Mitsubishi Racing Lancer. Depois, seria a vez de Nuno Matos desistir após um toque numa pedra ao km 20, quando passava Miguel Barbosa, que danificou uma rótula do triângulo de suspensão que acabaria por ceder ao km 50, impossibilitando o piloto do Opel Mokka Proto de continuar em prova.
Também, João Ramos, a contas com um furo, começou o dia a perder terreno. Contudo, com as desistências dos mais diretos adversários na luta pelo título, acabou por se animar e por recuperar algum tempo ainda no decorrer da segunda metade do SS1.
Quem aproveitou todo os infortúnios alheios foi Alejandro Martins, em Toyota Hilux, que venceu o primeiro setor seletivo e assumiu a liderança da quinta prova do Campeonato Nacional de TT.
Contudo, João Ramos tinha que aproveitar os azares dos mais diretos adversários para pontuar o mais possível, a fim de se colocar na melhor posição possível à entrada para a última jornada do campeonato. Aí, Ramos não deixou os créditos por mão alheias e usou todas as suas armas para, logo no início do segundo setor seletivo se superiorizar a Martins, controlando depois a prova até final e somando 26 pontos muito importantes na luta pelo título. João Ramos cumpriu a prova em 4h50m41s, sendo 2m50s mais rápido que Alejandro Martins. Pedro Ferreira, em Volkswagen Amarok foi terceiro.
“Fazia parte da minha estratégia ganhar o máximo de pontos e foi isso que tentei logo no prólogo. No entanto, cometi o mesmo erro nas duas passagens o que me tirou a possibilidade de somar esses pontos. Depois, já hoje, logo ao km12 tivemos um furo que nos desanimou completamente logo que o Nuno Matos passa por nós. Pouco depois batemos forte numa pedra que nos causou alguns problemas de travagem o que deixou o caso completamente descompensado sempre para esquerda, o que a somar ao facto de o Road Book não ter a quilometragem correta podia ter causado problemas muito muito grande. Depois vimos o Miguel Barbosa e mais tarde o Nuno Matos parados e aí acreditamos que tínhamos a nossa hipótese de volta. A partir daqui, e mesmo com o Alejandro Martins à nossa frente, isso não nos preocupava porque ele não está a pontuar para o campeonato. Depois na segunda secção arranquei ao ataque, passei para a frente e comecei a gerir por forma a conseguir esta vitória que congratula todo o trabalho da minha equipa”, destacou o piloto.
Nas contas do Campeonato Nacional, Ramos soma agora 112 pontos, mais 17 do que Nuno Matos. Porém, Nuno Matos irá “deitar fora” estes 0 pontos da Baja TT Idanha-a-Nova, enquanto que João Ramos deitaria, neste momento, os 18 pontos alcançados na Baja TT Loulé. Assim, a luta entre o piloto da Toyota Hilux e o do Opel Mokka Proto vai ser até ao último segundo na Baja TT Portalegre 500, sendo que os pontos extra do Prólogo e Setores Seletivos podem vir a fazer a diferença.
Entre os inscritos na Grupo T2, César Sequeira foi o mais rápido, conquistando os 25 pontos e aproximando-se do líder do Campeonato, Luís Ferreira que foi segundo em Idanha-a-Nova. Já em T8, a vitória sorriu a Hugo Raposo, enquanto que no que toca ao Desafio Total Mazda, João Rato foi o grande vencedor.
