Piloto da Yamaha venceu e convenceu no terreno
A penalização atribuída no final da Baja 500 Portalegre a António Maio, depois de o piloto, aos comandos de uma Yamaha YZ 450F inscrita pela Yamaha Pinhelworks Ray Just Energy ter sido o mais rápido no final dos 352,19 quilómetros da derradeira etapa da prova, está a ser analisada pela equipa, tendo em vista a sua contestação nos locais adequados.
De salientar que os cinco minutos de penalização foram atribuídos ao piloto pelo colégio de comissários desportivos, por alegadamente António Maio não ter parado num dos três controles de passagem existentes ao longo do percurso de acordo com indicações nesse sentido dadas pelos controlados de posto. O diretor de prova informou ainda o piloto que, de acordo com as indicações que lhe tinham sido fornecidas, o piloto teria passado entre dois pilotos parados no referido controle, o nº59 e o nº 83, pondo ainda em causa a integridade física do controlador. Situação que o piloto refuta perentoriamente:
“Ao contrário do que foi afirmado no relatório não só parei como senti o toque no ombro por parte do controlador como é habitual nestas circunstâncias e foi com muito espanto que cheguei ao final da corrida e fui confrontado com uma afirmação dessa natureza. Em pista fui o mais rápido como toda a gente viu e venci com inteira justiça. É de lamentar que a corrida e o título sejam decididos nas secretaria mas vamos tentar por todos os meios que estiverem ao nosso alcance que a verdade seja reposta porque está também em causa o meu bom nome e o da equipa”, salientou António Maio.
De salientar que a penalização fez com que António Maio perdesse não só a vitória alcançada em pista, como também o título nacional que esse triunfo lhe permitiria obter.
Na 27ª edição da prova alentejana o magnífico trabalho da equipa Yamaha Pinhelworks Ray Just Energy, sob orientação de Fernando Pinhel, permitiu que todos os seis pilotos inscritos terminassem a prova ultrapassando a reconhecida dureza desta que é a mais importante competição europeia da modalidade.
Frederico Fino, que tem estado a testar o modelo de 2014 da Yamaha, terminou no Top 10.
“A minha estratégia para esta corrida passava por ser mais cautelosos na face inicial do percurso para atacar na zona do Gavião e de Ponte de Sor. Infelizmente tive uma queda algo violenta. A moto foi contra uma vedação e capotou. Ainda estive alguns minutos parados para me recompor e quando regressei à corrida ia naturalmente sem ritmo. Consegui melhorar o meu andamento para o final e foi excelente ter conseguido terminar na medida em que estamos a testar diversas evoluções na moto de 2014 e foi muito bom ela ter mostrado uma grande fiabilidade” salientou no final da corrida o piloto que em conjunto com Fernando Pinhel é um dos responsáveis da equipa Yamaha Pinhelworks Ray Just Energy.
Já Rui Porto Nunes cumpriu com sucesso o seu sonho de terminar a prova disputada “em casa” que disputou pela primeira vez depois de neste ano de 2013 ter conseguido ainda fazer o pleno de uma época inteira de TT.
“Competir e terminar a Baja de Portalegre era um sonho de há muitos anos. É a prova da minha terra que sempre me habituei a acompanhar desde pequenino. Consegui cumprir a estratégia delineada e terminar sem percalços a prova” salientou no final da prova o jovem ator, que se classificou em 8º lugar na classe promoção de entre mais de duas dezenas de concorrentes à partida.
A formação apoiada pela Yamaha contou ainda com a participação de Rui Ventura e Miguel Guerra que terminaram a prova, respectivamente, na 42ª e 43ª posição, entre a quase centena de pilotos que se apresentou à partida para esta 27ª edição da Baja 500 Portalegre. De salientar que um problema no prólogo obrigou Rui Ventura a partir para a corrida de uma das últimas linhas, tendo por isso sido forçado a fazer muitas ultrapassagens até chegar onde chegou no final do derradeiro dia de corrida.