segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A nova vida dos Mitsubishi Racing Lancer

Mitsubsihi Racing Lancer? Mitsubishi ASX? Ford? Nissan?...

Desde que foi extinta a equipa oficial de todo o terreno da Mitsubishi que os seus carros começaram a vaguear um pouco por toda a parte e alguns deles a optarem por transformismo...

Em Portugal , Carlos Sousa e Miguel Barbosa usaram carros destes, sendo que Barbosa ainda este ano se sagrou campeão nacional de TT com um deles. Vimos ao longo das ultimas épocas várias modificações ao projecto inicial, que depois do motor original Di-D a diesel, surgiu com um motor a gasolina 2.0 Turbo, um 4.0 a gasolina aspirado, e mais recentemente um 3.0 Diesel de origem BMW que equipa actualmente o carro de Miguel Barbosa.

As unidade que são usadas em outros paises também tiveram a sua quota de modificações, que começaram na sua maioria pela remoção do motor Di-D em favor de motores a gasolina. No ano passado, em França, a equipa Dessoude pegou num destes carros, retirou-lhe o motor diesel da Mitsubishi e meteu um motor a gasolina da marca Nissan, com 3.7L de capacidade . Não deve ter sido uma noticia agradável de ouvir pelo lado da casa nipónica, que via um dos seus "filhos" ser canibalizado a favor de um dos seus concorrentes directos. Chamado de Proto N011, este carro esteve na Baja Carmim no inicio deste ano conduzido por Christian Lavielle.

Mais agradável para os ouvidos dos donos da Mitsubishi terá sido a opção do Brasileiro Guilherme Spinelli, que actualizou o design do Racing Lancer para o Mitsubishi ASX. Menos mal, pois esta modificação torna o "Lancer" num muito mais comercial "ASX" que tanto a marca como o piloto e importador Brasileiro pretendem promover no Brasil.

Porém, da Holanda surgiu recentemente mais um sacrilégio: um dos Racing Lancer transformou-se em Ford. O piloto Bernhard ten Brinke , da Riwald Dakar Team irá apresentar-se com uma máquina que não é nada mais nada menos que um dos "antigos" carros da Mitsubishi, mas que agora se vai chamar Ford HRX. A principal modificação, tal como na maioria dos casos, foi a introdução de um novo motor, no caso um Ford V8. Está mais que provada a qualidade dos carros fabricados pela antiga equipa oficial, e eventualmente até demonstrado que a decisão de abandonar a competição foi errada. O nivel de desenvolvimento era de tal forma elevado, que, motorizações à parte, em muitos dos parametros ainda hoje os carros quase não precisam de modificações e se mantêm altamente competitivos.

Fonte: todoterreno.pt