No passado fim de semana, no circuito de Chevannes em França foi disputada mais uma edição das 24 Horas de Todo o terreno. Esta é uma das provas clássicas do calendário da modalidade naquele país, e é sempre cheia de surpresas onde de tudo um pouco acontece: Foram 24 horas cheias de emoção, calor, pó, chuva durante alguns instantes, muitos problemas mecânicos por entre a caravana e até um incêndio que forçou a organização a neutralizar a prova.
Este ano quem deu a bandeirada de xadrez ao vencedor foi Jean Louis Schlesser, que sob um sol ardente saudou assim o 1º classificado. Mas até chegarem ao fim, os pilotos tiveram pela frente uma prova repleta de dificuldades. A primeira dessas dificuldades foi a nuvem de pó que se levantou mal os carros começaram a andar e que dificultava a visibilidade. Mas como se isso não bastasse, durante a noite as coisas mudaram radicalmente e a chuva que caíu forte tornou a pista num ringue de patinagem.
Aos 45 minutos de prova, o Proto BMC da equipa Terre et Sable decidiu "emular-se pelo fogo" e forçou a organização a levantar a bandeira vermelha. O impressionante incêndio do veículo colocou o trio formado por Etienne Smulevici, Charly Gotlib e François Chariot fora de prova. Chariot era quem ocupava o lugar de condutor no momento do incidente, mas felizmente conseguiu sair ileso, embora bastante decepcionado com o desenrolar dos eventos.
Hubert Auriol, vencedor do Dakar em duas e quatro rodas, participou pela primeira vez nesta prova. O conhecido piloto fez equipa com a equipa de Dominique Torin e Jerome Desgranges para descobrir as 24 horas de todo o terreno. "Há que adaptarmo-nos ás condições de aderência variáveis e estar atento em cada momento. E quando damos por isso estamos muito á defesa..." disse Auriol, que apenas pode desfrutar de alguns momentos atrás do volante do suzuki Swift. Um problema de embraiagem complicado de resolver colocou um ponto final na sua prova.
Este ano, apenas uma equipa exclusiamente feminina esteve presente. Brigitte Sobinski, Natalie Lussac, Valerie Magro e Carole Perez, fãs incondicionais dos ralis de todo o terreno, decidiram enfrentar o desafio da prova de resistência. "Acreditávamos que estava reservada a profissionais, e propusémo-nos a vir e dar o melhor de nós próprias. A sensação de estar em pista é fabulosa, e por ser a primeira vez, até que nem nos portamos nada mal." disse Sobinski orgulhosa e decidida a repetir a experiência em 2012.
Entre os 83 carros presentes á partida, apenas 60 conseguiram alcançar a meta depois de uma prova exigente e inesquecivel. Lideres absolutos e dominadores da prova, Stephane Barbry, Nicolas Glerget e Serge Finkelstein , com o seu proto BMC BMW ( o mesmo carro que no ano passado venceu as 24 horas de TT de Fronteira) foram os primeiros. Para Barbry esta foi a terceira vez que subiu ao ponto mais alto do podium, depois das vitórias de 1994 e 2008.
Em segundo lugar ficou a equipa Aventure 64, composta por Durand, Duple, Masson e Quinet, com um buggy Fouquet, a 3 voltas do vencedor, o que é sem dúvida uma distância considerável. Com mais uma volta, terminando em terceiro ficou a equipa Amper, composta por B. FabreF, Jouet, Vanier e J.C. Fabre ao volante de um Schmidt Peugeot.
A classificação final oficial pode ser encontrada aqui.
Fonte: todoterreno.pt
