domingo, 28 de novembro de 2010

Vitória ficou "em casa"...


Pilotos portugueses voltaram a ganhar sete anos depois!

A equipa Vodafone, constituída por Pedro Lamy/José Pedro Fontes/António Coimbra/Luís Silva (BMC-BMW), inscreveu o seu nome como vencedora da 13ª edição das 24 Horas TT Vodafone-Vila de Fronteira, pelo que bem se pode dizer que o triunfo ficou "em casa"... mas com total justiça!

Deste modo, os pilotos nacionais interromperam seis anos de domínio dos concorrentes franceses naquela que foi a edição mais concorrida do evento nestes últimos tempos, com nada menos do que 92 equipas e 345 pilotos presentes.

O domínio dos vencedores foi incontestável, uma vez que lideraram desde a primeira curva até ao baixar da bandeira de xadrez. Com um carro que apresentou uma grande fiabilidade mecânica, os homens da Vodafone apenas tiveram de fazer as manutenções mais aconselhadas numa prova com estas características, sabendo evitar de forma perfeita as dificuldades resultantes da degradação do piso e das constantes ultrapassagens que foram obrigados a fazer.

Para Pedro Lamy, «este foi o triunfo de uma equipa e de um carro muito bem preparado. Soubemos não cometer erros e isso foi determinante para o resultado conseguido. O BMC é um carro ideal para esta prova, não só devido ao motor BMW a diesel com um óptimo binário, que muito ajudou nas ultrapassagens, mas também pela dimensão das rodas, que contribuiu para ultrapassar com maior facilidade a progressiva degradação da pista.»

De início, a formação da Letónia, liderada por Andris Dambis, com o espectacular Oscar O24H especialmente concebido para Fronteira, com um potente motor de um Corvette 8l, foi a ameaça mais importante para os pilotos portugueses, mas a 13ª hora seria fatal para as aspirações da equipa de Leste, obrigada a desistir com a caixa de velocidades partida.

Curiosa a situação vivida entre a 15ª e 18ª horas, com os lugares do pódio totalmente preenchidos por equipas portuguesas, com o Bowler Wildcat de Manuel Rosa e Lino Carapeta na segunda posição e a Isuzu Dmax de Rui Sousa e Edgar Condenso no terceiro lugar. No entanto, essa classificação acabou por ser totalmente alterada depois da Isuzu ter problemas de embraiagem e do Bowler ter partido um braço de direcção.

Esse facto permitiu que as equipas francesas subissem alguns lugares na geral na parte final da prova, muito embora nas últimas horas a diferença entre elas já não permitisse grandes lutas pela discussão de lugares, pois as diferenças registadas eram de pelo menos uma volta.

Deste modo, a formação liderada por Aurélie Beyris acabou por conseguir um excelente segundo lugar, impondo-se ainda na categoria de duas rodas motrizes, à frente dos seus compatriotas do Caze Buggy Nissan de Laurent Dornel, que perdeu algum terreno durante a noite com problemas de suspensão.

Os vencedores do ano passado, a equipa liderada por Mário Andrade, não foram tão felizes nesta edição, pois imensos problemas de travões no Moncé Clio V6 acabaram por condicionar a sua actuação.

Saliência ainda para o quinto posto da formação de Manuel Rosa e Lino Carapeta, num Bowler Wildcat, segunda melhor formação nacional, e para Rui Lopes que se impôs para o Desafio Elf/Mazda, ao terminar no sétimo lugar final.

Classificação final: 1.º Lamy/Fontes/Silva/Coimbra (BMC-BMW), 24h 01m 51,539s; 2.º Fanxoa/Mouhica/Wadoux/Beyris (Renault Clio Monce), a 3 voltas; 3º Dornel/Lacam/Caze/Garicoix (Caze Buggy Nissan), a 3 voltass; 4º M. Andrade/A. Andrade/Lansac/Letang (Monce Clio v6), a 4 voltas; 5º Rosa/Carapeta/Airos/Correia (Bowler Wildcat), a 5 voltas; 6º Lhoste/Billaut/Boutron (Bowler Wildcat), a 5 voltas; 7º Pereira/Lopes/Barroco (Mazda BT50), a 7 voltas; 8º Barbosa/Finkelstein/Desgranges/Coimbra (Schmit Peugeot 207T), 8 voltas; 9º Quintaneiro/Machado/Madaleno/Silva (Mazda CX7 Proto), a 11 voltas; 10º Morize/Godet/Guyot/Anquetil (Mercedes 500 ML), a 13 voltas. Terminaram mais 45 equipas classificadas.