sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Juvanteny vai estar à partida da sétima etapa apesar dos danos sofridos pelo camião


•O KH-7 Epsilon Team regressa ao décimo primeiro posto da classificação geral.

•A dureza do percursos provocou as primeira avarias de monta no camião da equipa.

O KH-7 Epsilon Team vai estar à partida da sétima etapa, depois de ter estado toda a noite a reparar os estragos causados no camião, no decurso da sexta etapa. O percurso da especial voltou a excepcionalmente duro, com buracos, regos e pedras por todo o lado. Os participantes tiveram de navegar durante grande parte do dia em fora de estrada o que, sem dúvida, desgastou ainda mais as mecânicas dos veículos.

O camião de Juvanteny não foi menos que os outros e superou a etapa com “feridas de guerra”, reconhece o piloto. “Voltou a ser um dia duríssimo, com uns primeiros 300 quilómetros horrorosos e de alguma forma pagámos a factura, apesar de eu ir sempre com muito cuidado e procurar poupar ao máximo a mecânica. Se não fosse assim já nem estariamos em prova, mas se este Dakar continuar com muito mais etapas como as dos últimos dias, não sei se conseguiremos alcançar a meta”, diz.

A equipa chegou ao Bivouac com a cabine rachada, um amortecedor desfeito e o radiador do ar condicionado inutilizado. “Passámos um bom punhado de horas revendo a mecânica e substituindo as peças danificadas. A partir de hoje teremos de ir sem ar condicionado o que, com o terrível calor que se faz sentir, será um handicap, mas o que mais me preocupa é a cabine não aguentar outra etapa assim. Está rachada e se continuarmos com as vibrações, acabará por se partir toda. É uma situação que está a acontecer a muitos dos camiões que continuam em prova”, lamenta.

O copiloto José Luis Criado, acha que esta edição do Dakar “está a ser excessivamente dura. Não faz sentido que nos metam tantos quilómetros de pedras. As paisagens são, em muitas ocasiões impressionantes, mas o percurso não tem nenhuma graça ao nível de pilotagem. Só serve para darmos cabo dos camiões”. A navegadora Fina Roman acrescenta que “o sentir geral de muitos participantes é que poucos irão terminar. Já há quem, na brincadeira, diga que só os da organização é que vão chegar ao fim. Realmente, mais de um terço dos participantes já abandonaram ou foram excluídos e, contudo, falta disputar mais de metade do rali. Nós estamos hoje um pouco preocupados porque a sétima etapa, que é a mais longa do rali, promete também ser muito dura e com os danos que temos no camião, veremos se somos capazes de chegar até à etapa de descanso. Esperamos conseguir, mas não está só nas nossas mãos”.

No capítulo estrictamente desportivo o KH-7 Epsilon Team acabou a sexta etapa no décimo terceiro posto e recuperou uma posição na classificação geral, pelo que está agora em décimo primeiro lugar. Na categoría 6x6 mantém a liderança da corrida.