segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Gémeos Almeida comemoram triunfo histórico, em Portalegre
Publicado em segunda-feira, outubro 19, 2009
Equipa venceu numa edição marcada pela intempérie
Rezam as crónicas que a edição de 1989 da mais antiga competição portuguesa de todo o terreno foi marcada pelo mau tempo, o que impediu a grande maioria das equipas de completarem os 430 km de percurso delineado pela equipa do Clube Aventura, comandada por José Megre.
Com mais de 400 equipas à partida, o que batia em quantidade os participantes no Dakar e com grande nomes internacionais nas motos – Giles Lalay, Thierry Magnaldi, Serge Bacou ou Thierry Charbonnier – e um rol infindável de nomes de primeiro plano do automobilismo nacional da época nos automóveis – Carlos Bica, Tomaz Melo Breyner, Inverno Amaral, António Coutinho, Santinho Mendes, Francisco Fino, entre outros – a vitória na terceira edição do Portalegre premiou uma prova extremamente aguerrida da dupla Carlos Almeida/Rogério Almeida, no UMM Alter Turbo do Team Gémius/Diário de Notícias, que desta forma consolidaram a sua posição de lideres do Trofeu UMM que nesse ano avançava com a sua primeira edição.
A dupla está agora de regresso às pistas para comemorar condignamente e de forma muito original, esse grande feito.
“Este é mais um desafio em que eu e o Carlos nos metemos. Pensava que já estavamos curados dos anos bem intensos que vivemos na competição de todo o terreno, mas o bichinho continua a morar por aqui e apostámos numa comemoração original. Recuperámos o nosso UMM de 89, com o qual o Carlos venceu a primeira edição do Troféu UMM e onde o triunfo em Portalegre foi o nosso maior êxito”, salienta Rogério Almeida. E o seu irmão Carlos que acrescenta: “Depois do triunfo, a festa até estava a ser simples, com um bem merecido jantar num restaurante em Portalegre, quando o Telejornal abre com a notícia da nossa vitória. Acho que nunca mais me vou esquecer disso. Foi uma prova dura, difícil, mas onde não tenho dúvidas de que fomos bafejados pela sorte. Na partida o nosso mecânico mandou para dentro do carro uma caixa cheia de fusíveis, para o que desse e viesse. Mal ele sabia que nos salvou a prova. Tivémos um curto-circuito no limpa pára-brisas e quando chegámos ao fim só sobrava um fusível. Por outro lado, a meio da corrida acendeu-se a luz do óleo. Chovia torrencialmente e apostámos em continuar mesmo assim. Felizmente era só um mau contacto. Desportivamente, lembro-me de que começamos a perceber que poderiamos ganhar a prova quando, depois de passar por vários carros, deixámos de ver rastos no chão, o que nos indicava que eramos os primeiros na pista.”.