
A anteceder o arranque da edição 2009 do Rali Transibérico, teve lugar a
tradicional Conferência de Imprensa, na qual estiveram presentes Guerlain
Chicherit (BMW X3 CC), Nani Roma (BMW X3 CC) e Carlos Sousa (Mitsubishi
Lancer), aqueles que amanhã serão, por esta ordem, os três primeiros na
estrada.
P – Uma das palavras de que mais gosta é “prazer”. Qual espera que seja o seu
aqui?
Guerlain Chicherit (GC) – Vencer. Para isso vou ter de andar depressa, pois
queremos manter a primeira posição na Taça do Mundo.
P – Em comparação, com os outros pilotos aqui presentes, tem menos
experiência que os seus adversários, nas provas portuguesas. Isso pode ser um
contra?
GC – Não sei. Participei, o ano passado, no Pax Rally, e não sei se as especiais
serão semelhantes, mas vou dar o máximo e esperar que o Carlos não seja
mais rápido.
P – Vai lutar pela vitória na prova ou vai pensar na Taça do Mundo?
GC – O meu primeiro objectivo é a Taça do Mundo, mas não vou desperdiçar a
oportunidade de vencer caso seja possível.
P – Carlos Sousa é de todos os presentes, o piloto com melhor palmarés na
prova. Isso pode ser uma vantagem?
Carlos Sousa (CS) – Espero que sim. Penso que há cinco pilotos, os três que
aqui estão mais o Filipe Campos e o Miguel Barbosa, que vão lutar pela vitória,
e embora esteja sozinho contra os quatro espero conseguir vencê-los.
P – O pensamento vai estar no Campeonato de Portugal, onde venceu três
provas e foi segundo na outra, ou vai esquecê-lo e lutar pela vitória?
CS – Neste momento não penso no Campeonato de Portugal e tenho como
objectivo ganhar o Transibérico, embora não conheça este novo figurino que,
ao contrário do que muitos pensam, torna a prova mais difícil. O facto de os
Sectores Selectivos serem mais curtos vai fazer com que se esteja em
permanência em ritmo de “sprint”, o que torna tudo mais difícil.
P – Quais as expectativas para uma prova em que é tudo novo?
Nani Roma (NR) – Ver o sou capaz de fazer. É a primeira prova com a equipa,
com o navegador e com o carro, pelo que vou ter muito que aprender, mas
estou satisfeito com os testes que efectuámos, embora tenha consciência que
vou ter de alterar algumas coisas na minha condução. Fiz cerca de 100 km de
testes em França e cerca de 50 km ontem, já cá, e fiquei bem impressionado
com o BMW, embora saiba que o Carlos dispõe de um excelente carro.
P – Vai lutar pela vitória?
NR – É difícil de dizer. Sei que ser difícil, mas espero conseguir um bom
resultado.
P – Como se processou a sua aproximação à BMW?
NR – Quando a Mitsubishi decidiu parar, só me restavam duas alternativas,
BMW e VW, já que não há muitas equipas de topo envolvidas no todo-oterreno.
A VW tinha a equipa completa e nela está um espanhol (Carlos Sainz),
pelo que fiz a aproximação à BMW.