quinta-feira, 18 de junho de 2009

Filipe Campos no comando


Com muito calor e pó, e mesmo alguma chuva, teve lugar o primeiro dia competitivo do
Rali Vodafone Transibérico, com Filipe Campos (BMW X3 CC) a chegar a Castelo Branco
no comando da prova, depois de ter sido, entre os homens da frente, aquele que menos
problemas teve de enfrentar.

Primeiro na estrada, como consequência de ter sido o mais rápido na Super Especial
matinal, o espanhol Nani Roma (BMW X3 CC) cedo perdeu o contacto com os homens da
frente, uma vez que fez o sector selectivo (SS) no sistema “stop ang go”, pois, por
aparentes problemas eléctricos, o motor deixava de funcionar, o que não lhe permitiu
concluir o troço.

Por sua vez, Guerlain Chicherit (BMW X3 CC) tirou partido do facto de Miguel Barbosa
(BMW X3 CC) ter furado e parado para mudar o pneu para passar a ter menos pó, o que
lhe permitiu ser o segundo no SS e ascender a idêntica posição na geral, à frente de
Nicolas Misslin (Mitsubishi Pajero MRP 13), o melhor dos pilotos da marca dos três
diamantes.

Como consequência de ser o décimo na pista e de nem sempre ter encontrado
colaboração nas ultrapassagens, Carlos Sousa (Mitsubishi Lancer) viu as suas tentativas de recuperação frustradas, já que não foi além do quarto tempo no SS, à frente de Miguel Barbosa, penalizado pelo furo sofrido.

Apesar de também ter sofrido um furo, mas já na parte final, o que o levou a optar por ir até ao fim sem mudar a roda, Guilherme Spinelli (Mitsubishi Pajero), em fase de adaptação ao novo navegador – que enjoou e vomitou no troço - alcançou o sexto tempo, à frente de Ricardo Leal dos Santos (BMW X5), o último dos que ficou a menos de 10 minutos de Filipe Campos.

Pedro Grancha (Nissan Navara), oitavo, e Hélder Oliveira (Nissan Pathfinder), décimo, são os outros dois portugueses no “top ten”, separados por Rodolphe Deveaux (Mitsubishi Pajero MRP 13).

Pedro Silva Nunes (Mitsubishi Pajero) e José Camilo Martins (Nissan Navara) chegaram ao final do primeiro dia de prova no comando, respectivamente, dos Agrupamentos T2 e T8.

Classificação do 2.º Sector Selectivo (182,21 km): 1.º Filipe Campos (BMW X3 CC),
2.16.18; 2.º Guerlain Chicherit (BMW X3 CC), a 3.28; 3.º Nicolas Misslin (Mitsubishi Pajero MPR 13), a 5.56; 4.º Carlos Sousa (Mitsubishi Lancer), a 6.48; 5.º, Miguel Barbosa (BMW X3 CC), a 8.42; 6.º, Guilherme Spinelli (Mitsubishi Pajero), a 9.10; 7.º, Ricardo Leal dos Santos (BMW X5), a 9.54; 8.º, Pedro Grancha (Nissan Navara), a 12.20; 9.º, Rodolphe Deveaux (Mitsubishi Pajero MRP 13), a 13.47; 10.º, Hélder Oliveira (Nissan Pathfinder), a 19.1

Classificação geral no final da 1.ª etapa: 1.º Filipe Campos/Jaime Baptista (BMW X3
CC), 2.18.32,2; 2.º Guerlain Chicherit/Tina Thorner (BMW X3 CC), a 3.31,8; 3.º Nicolas Misslin/Jean Michel Polato (Mitsubishi Pajero MPR 13), a 6.02,5; 4.º Carlos Sousa/Andreas Schulz(Mitsubishi Lancer), a 7.09,6; 5.º Miguel Barbosa/Miguel Ramalho (BMW X3 CC), a 8.43,7; 6.º Guilherme Spinelli/Paulo Vasconcelos (Mitsubishi Pajero), a 9.21,2; 7.º Ricardo Leal dos Santos/João Luz (BMW X5), a 9.57,9; 8.º Pedro Grancha/Paulo Primaz (Nissan Navara), a 12.27,8; 9.º Rodolphe Deveaux/Luís Ramalho (Mitsubishi Pajero MRP 13), a 14.01,1; 10.º Hélder Oliveira/Filipe Palmeiro (Nissan Pathfinder), a 19.11,4

No final do SS2:

N. 1 - CHICHERIT (BMW X3 CC): «Está muito calor, que foi difícil de suportar, tanto mais que estou mais habituado à neve. Tive problemas de travões na fase inicial, mas penso que fiz um bom tempo»

N. 3 - SOUSA (Mitsubishi Lancer): «Aqueles que iam à minha frente não facilitaram a
ultrapassagem e por isso fiz grande parte do SS no pó deles, com a consequente perca de tempo»


N. 4 - BARBOSA (BMW X3 CC): «Sofremos um furo e parámos para mudar a rodas, o que
explica o tempo perdido»


N. 5 - FILIPE CAMPOS (BMW X3 CC): «Foi muito difícil, porque o terreno estava muito
escorregadio. De início poupei os travões, mas na parte final tive algumas saídas, porque os pneus perderam eficácia. O objectivo de hoje está cumprido e vamos continuar a atacar»


N. 8 - CONDESSO (Nissan Pick Up): «Apanhei muito pó e por isso limitei-me a gerir o
andamento, sem correr riscos »


N. 14 – MISSLIN (Mitsubishi Pajero MPR 13): «Correu tudo bem, mas cometi dois ou três
erros de condução que me custaram alguns segundos»

N. 16 – M. MAIA (BMW X3 CC): «Na parte final reduzi o ritmo, por causa do calor»

N. 17 - SILVA NUNES (Mitsubishi Pajero): «O calor e o pó foram os mais sérios obstáculos que tivemos de enfrentar, já que quanto ao resto tudo correu bem »

N. 19 - SPINELLI (Mitsubishi Pajero): «Furei a cerca de cinco quilómetros do final do SS, mas optei por não mudar a roda, tanto mais que vim com cautela, por estar a adaptar-me ao novo navegador»

N. 22 – GRANCHA (Nissan Navara): «Tive problemas com o diferencial central ao longo do SS e de travões na parte final, com o pedal a ir ao fundo, o que me fez perder algum tempo»

N. 24 - OLIVEIRA (Nissan Pathfinder): «Tive problemas com a embraiagem e com o limpa
pára-brisas, o que levou a que tivesse parado várias vezes, o que me fez perder tempo e ser ultrapassado por alguns concorrentes »

N. 25 - LEAL DOS SANTOS (BMW X5): «Tive problemas electrónicos, que fizeram com que
o motor entrasse em modo de segurança, sempre que acelero a fundo, pelo que tive de o
desligar e ligar várias vezes, situação que se verifica desde meio do sector»


N. 36 – FARRAJOTA (Proto Depieres RAV4): «De entrada correu tudo bem, até que
comecei a apanhar o pó do árabe e só quando o consegui passar é que pode atacar para
recuperar o tempo perdido, mas não foi suficiente»


N. 38 – AMARAL (Proto DP4): «O motor aqueceu e só na parte final, onde havia mais
zonas de água é que as coisas melhoraram»


N. 40 – OLIVEIRA (Mazda BT-50): «Estou muito cansado, por causa do calor, mas atingi o meu objectivo que era o de ser o primeiro dos Mazda»

N. 101 - CAMILO MARTINS (Nissan Navara): «Viemos sempre a andar, mas apanhámos
muito pó dos últimos concorrentes da prova da FIA e um piso já muito degradado»