sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Ricardo Leal dos Santos ficou sem travões


“Apanhei dois valentes sustos”

Continuando a demonstrar que tem um notável andamento mas confirmando igualmente que neste Dakar está “escrito” que será perseguido pela pouca sorte. Ricardo Leal dos Santos aos comandos do BMW X5 inscrito pelo Pioneer Desert Team Delta Q e acompanhado por Pedro Pires de Lima voltou a sentir problemas numa etapa em que chegou a cotar-se como um dos dez mais rápidos no sector selectivo.

“Já sabia que não ia ser fácil fazer ultrapassagens porque a parte que restou para ser feita ao cronómetro era uma zona típica de rali com troços encadeados entre arvoredo e estreitos. Foi assim ao longo de mais de 100 quilómetros, a maior parte dos quais fiz atrás do Toyota do Chabot que teima em não me deixar passar. Por mais que o Pedro assinalasse a nossa presença com o sentinel ele mantinha-se impávido à nossa frente”, salienta Ricardo Leal dos Santos que acrescenta: “Mas esse nem foi o pior dos problemas já que a cem quilómetros do final ficámos sem travões e então é que tudo se complicou. Tinha só o travão de mão mas não queria abrandar muito para não fazer um tempo demasiado modesto. Apanhei dois valentes sustos que felizmente não passaram mesmo disso: sustos. Amanhã é o ultimo dia de prova mas não vai ser fácil voltar aos lugares da frente. Vamos tentar”.

Depois de explorarem os estados-continentes, os competidores encontrarão amanhã um tipo de paisagem familiar. Neste longo caminhos a percorrer, a concentração é a ordem do dia. Aqueles que chegarem classificados a Buenos Aires terão terminado a competição mais impressionante realizada e seguirão sendo os primeiros para sempre.
A2 Comunicação