
Martine Pereira e José Marques, 81º da geral, tiveram hoje os primeiros “trabalhos suplementares” a que uma equipa do Dakar já está acostumada. Depois de uma primeira parte desta segunda especial bastante rápida, os navegadores tiveram de se aplicar para evitarem sair fora da rota certa, com a navegação a começar a ser determinante para a classificação.
Se a etapa inaugural tinha sido de gáudio para o estreante piloto da Padock Competições, a de hoje foi de algum desgaste: “talvez tivesse começado aqui o Dakar! De facto, hoje já tivemos uma variedade de piso completamente diferente o dia de ontem, com mais vegetação, alguma navegação, e areia. O andamento foi muito mais moderado, com a experiencia a fazer-se notar no andamento que outros pilotos apresentaram”, começou por relatar Martine Pereira que teve de se socorrer do seu colega de equipa – Adelio Machado, quando se atascou nas finas areias que o percurso apresentava: “Foi um primeiro momento de maior agitação, quando ficamos dependentes de outros nunca sabemos quando de lá vamos sair. Felizmente apareceu o Adélio que nos ajudou e conseguimos assim terminar mais esta etapa. O Dakar também vive destes momentos de solidariedade, hoje fui eu, amanhã espero também poder contribuir para a felicidade de outras equipas”.
“Muito “fesh fesh” fora de África!” Proferia José Marques, o experiente navegador que acompanha Martine Pereira nesta aventura por terras argentinas que recebeu esta edição do Dakar: “Em África ainda temos alternativas para evita-los aqui, não temos como. Esta foi uma dificultada pelo muito pó devido à terra fina e as ultrapassagens não eram fáceis. E, já perto do final havia muitos carros atascados, onde nós também não passamos ilesos. O Martine continua a fazer uma excelente prova e está a adaptar-se muito bem a toda a situação que para ele é nova”.