Curiosamente, as coisas nem começaram bem para Peterhansel, uma vez que o piloto da Mitsubishi teve de parar logo nos primeiros metros do sector selectivo da manhã para se desembaraçar de uma capa que os mecânicos tinham deixado no interior do carro. Nem mesmo um furo lento o fez perder muito tempo, o que permitiu a Peterhansel assumir o comando da prova no final do primeiro sector selectivo do dia.
Na segunda especial, o piloto do Racing Lancer voltou a estabelecer a melhor marca, dilatando a sua vantagem no comando da prova, regressando a Portalegre com uma vantagem de 4m 10s sobre o novo campeão nacional, Filipe Campos, melhor piloto português na classificação depois de um dia sem problemas para o seu BMW X3.
Miguel Barbosa voltou a sentir algumas dificuldades com o seu novo BMW X3, sobretudo a nível da suspensão, que lhe provocaram algumas saídas de pista, com as consequentes perdas de tempo. Mesmo assim, Barbosa conseguiu recuperar terreno e concluir a etapa na terceira posição, a 10m 04s do líder.
Boas provas ainda de Pedro Grancha, a concluir no quarto posto, à frente do holandês Tonnie van Deijne, com Ricardo Leal dos Santos a perder algumas posições e a terminar o dia no sexto lugar.
Depois de um início cauteloso, Rui Sousa atacou forte no segundo sector selectivo e assumiu de forma declarada o comando da categoria T2, tirando o maior partido dos problemas de motor do seu principal rival para a vitória nesta classe na Taça FIA de Bajas, o árabe Majed Al-Ghamedi. Em termos nacionais, em que o título de T2 é o único ainda em aberto, Edgar Condenso está melhor colocado do que Nelson Clemente, mas a vantagem continua a ser deste último, sendo de referir que ambos estão com problemas mecânicos nos seus carros. Já a categoria T8 tem assistido a um belo duelo protagonizado por Romulo Branco (Mitsubishi) e o campeão nacional, Nuno Matos.
Nas motos, cuja competição terminou hoje, a luta pela vitória foi essencialmente marcada pelo duelo entre António Maio (Kawasaki) e Mário Patrão (Suzuki), com o vencedor do ano passado a liderar durante todo o percurso e a conseguir uma vantagem que foi ampliando na segunda parte da prova, terminando com cerca de 1m 16s de vantagem, nunca tendo estado verdadeiramente em causa a sua supremacia, apesar da pressão que Patrão colocou ao longo dos quase 352 quilómetros do percurso. Fernando Ferreira terminou no derradeiro lugar do pódio, mas já longe dos primeiros, a quase 13 minutos do vencedor.
Se nas motos não houve surpresas, já isso sucedeu nos quads, uma vez que os principais favoritos acabaram por ter problemas mecânicos, do que se aproveitou da melhor forma Rui Mendes (Suzuki), para terminar com mais de sete minutos de vantagem sobre João Peraboa (Suzuki), enquanto Valter Vasconcelos (Kawasaki) fechou os lugares do pódio.
Amanhã os automóveis disputam a terceira e última etapa, numa distância total de 137,89 quilómetros, e um único sector selectivo, com 115,5 Km. Partida às 08.05 horas, estando a chegada agendada para as 11.00 horas.
Classificação automóveis no final da 2.ª etapa:
1.º Peterhansel-Cottret (Mitsubishi), 4h 53m 39s;
2.º Campos-Baptista (BMW), a 4m 10s;
3.º Barbosa/Ramalho (BMW), a 10m 04s;
4.º Grancha/Primaz (Nissan), a 12m 13s;
5.º Van Deijne/Rosegaar (Mitsubishi), a 16m 30s; etc
Classificação final motos:
1.º António Maio (Kawasaki), 4h 06m 36s;
2.º Mário Patrão (Suzuki), a 1m 16s;
3.º Fernando Ferreira (Yamaha), a 12m 58s;
4.º David Megre (KTM), a 13m 55s;
5.º Fausto Mota (Yamaha), a 15m 11s; etc.
Classificação final quads:1.º Rui Mendes (Suzuki), 4h 44m 59s ;
2.º João Peraboa (Suzuki), a 7m 27s;
3.º Valter Vasconcelos (Kawasaki), a 14m 33s;
4.º João Batista (Suzuki), a 18m 48s;
5.º Adalberto Paiva (Suzuki), a 19m 38s; etc.
Press ACP Motorsport - Baja BP Ultimate Portalegre 500