sábado, 8 de setembro de 2018

Buhler e Franco vencem na festa de Martins na Baja TT Idanha-a-Nova

Arnaldo Martins sagra-se campeão nacional nos quads

Sebastian Bühler triunfa no regresso à competição 

Mário Franco com exibição de luxo nos SSV


O segundo dia da Baja TT Idanha-a-Nova destinou 234,75 km (SS2) cronometrados aos pilotos de motos, quads e SSV, com passagem pelas regiões de Loreto, Penamacor, Zebreira, Rosmaninhal, Toulica e Monfortinho.

 Na prova organizada pela Escuderia Castelo Branco foram bem diferentes as realidades que se viveram nas três categorias, mas sempre com um denominador comum, emoção ao rubro.

 Nos quads, Arnaldo Martins iniciou este dia decisivo na frente, com a vantagem de 17,55s conseguida ontem sobre o segundo classificado, Fernando Cardoso. Para este sábado, e com 234,75 km a disputar, o piloto, em Suzuki LTR 450, não baixou o ritmo, e apesar de a liderança virtual do SS2 ter alternado entre Arnaldo Martins, Joni Fonseca e Filipe Martins, o comando da geral nunca esteve em causa.

No final do SS2 o tempo mais rápido pertencia ao piloto da Suzuki, seguido das Yamaha YFZ 450 de Filipe Martins e Joni Fonseca, a 2m01s e 2m27s, respetivamente. Com este resultado na Baja TT Idanha-a-Nova, Arnaldo Martins sagra-se Campeão Nacional TT Open de 2018 nos quads, renovando o título alcançado no último ano.

  “A prova correu bem mas o percurso estava um bocadinho duro. Fiquei sem travão de trás a partir do quilómetro 30 e fiz a corrida toda nessas condições, por isso não podia arriscar muito. Pelo meio também apanhei pó de pilotos das motos de duas rodas. Tirando isso foi gerir para chegar ao fim e vencer”, explicou o já campeão nacional Arnaldo Martins.

 Nas duas rodas, Sebastian Bühler veio mostrar que o facto de não estar a discutir o título não era desmotivador, numa prova que marcou o seu regresso ao campeonato nacional após ausência por lesão. O piloto da Yamaha WR 450 F tinha sido o mais rápido no Prólogo e SS1 disputados ontem, sexta-feira. Este sábado manteve a toada competitiva e nunca baixou o ritmo. Andamento que lhe permitiu vencer o SS2 e confirmar a vitória, na geral e classe TT2, num evento em que liderou de princípio ao fim. O piloto da Yamaha concluiu a Baja TT Idanha-a-Nova com uma vantagem de 10m17s sobre António Maio, em Yamaha WR, que adotou uma ritmo de gestão, a pensar nas contas do campeonato, que lidera: “Faltam-me dois pontos para ser campeão”. Mário Patrão, em KTM 500 EXC fechou o pódio, a 11m43s do vencedor, triunfando na classe TT3. Quarto classificado, Martim Ventura, em Yamaha WR, foi o melhor entre os concorrentes da classe TT1 .

  “A prova correu bem, sem percalços. A moto esteve perfeita, o tempo também ajudou porque caiu chuva durante a noite por isso o terreno ficou mais mole e o pneu aguentou. Também me senti bem fisicamente, estava pronto para outra”, brincou Bühler.

 Os SSV conheceram a prova mais emotiva, com constantes trocas de líderes e imprevisibilidade quanto ao vencedor até ao fim. No primeiro dia, a vitória no Prólogo coube a João Dias, com Mário Franco a fazer igual façanha no SS1, resultado que lhe permitiu assumir o comando da Baja TT Idanha-a-Nova. No entanto, uma penalização de 2m por ter ultrapassado o limite de velocidade na zona de assistência deixou um amargo na boca do piloto, ao fazê-lo descer de primeiro para oitavo da geral. O sucedido permitiu a Luís Cidade sorrir, ao herdar o comando do evento organizado pela Escuderia Castelo Branco.

 Mas com 1m22s a separar os nove primeiros classificados nada estava decidido, quando neste sábado havia 234,75 km ao cronómetro. Durante o decorrer do SS2 pela liderança da geral virtual passaram Ricardo Domingues, João Monteiro e Mário Franco, e foi mesmo a este último que ficou entregue a vitória. Uma grande prova de Franco, que superou a penalização de 2m e levou o seu Yamaha YXZ 1000 R ao triunfo, na geral e classe T2, com 1m01s de vantagem sobre o Can-Am Maverick X3 XRS de Ruben Faria, segundo classificado e melhor entre os pilotos da classe T1. O pódio ficou completo com Luís Cidade, também em Can-Am.

  “Ontem correu-nos tudo bem, mas um pequeno erro na ZA levou-nos a ser penalizados em 2m. Como é que se recupera? É andar e divertir-me ao máximo a fazer a corrida. Com um carro extremamente difícil de guiar comparado com os meus adversários, porque não tem turbo, é uma classe inferior, com 50% a 60% de potência a menos, ganhar aqui é ouro sobre azul”, explicou Mário Franco.

 A Baja TT Idanha-a-Nova voltou assim a ser um palco de excelência para os pilotos, com a Escuderia Castelo Branco a colocar novamente de pé um evento muito acarinhado por público e participantes, com a Beira Baixa como pano de fundo.