domingo, 18 de março de 2018

Calvário de Alejandro Martins na Baja TT do Pinhal

Vencedor da Baja TT do Pinhal em 2017 Alejandro Martins apresentou-se a partida da edição de 2018 com naturais ambições de lutar pelas primeiras posições na corrida que este ano abre a temporada do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno.

 Todavia e ao contrário da edição do ano passado, o piloto cedo começou a percorrer um longo calvário que viria a provocar o seu abandono da prova. Apesar de ter lutado por contrariar e ultrapassar as dificuldades, registando sempre um andamento extremamente vivo, a dupla Alejandro Martins / José Marques aos comandos da Toyota Hilux foi traída por um problema mecânico que o piloto entende que poderia ter sido evitado.

  “Tudo começou no prólogo onde estávamos a fazer um tempo muito equivalente ao do João Ramos antes de uma ligeira saída nos ter levado a embater numa árvore. Saímos da situação com alguma dificuldade e apesar de me ter apercebido que algo estava diferente, naturalmente para pior, na nossa Toyota, os 43s perdidos não colocavam em causa as nossas ambições de continuar a fazer uma boa corrida já que correspondiam a uma 6º posição e o troço seguinte tinha apenas 75 km. Como sempre o faço transmiti o que tinha acontecido e como estava a sentir o carro”, explica Alejandro Martins que ficou desagradavelmente surpreendido quando se apercebeu duas horas mais tarde que “a Toyota continuava com um comportamento extremamente deficiente. Mesmo assim tive a indicação que estava a fazer o segundo tempo e continuei a aplicar-me ao máximo para tentar perder o menor tempo possível até ao final do troço”, referiu Alejandro Martins.

 Mas o drama da equipa agravou-se substancialmente quando a Toyota encontrou enormes dificuldades em superar um gancho tendo nessa operação sido gastos longos minutos para desespero de piloto e seu navegador. Mais do que as duas posições perdidas, foram os 8 minutos gastos numa situação anómala que deixaram a formação extremamente preocupada.

 Se os minutos perdidos não poderiam ser esquecidos a expectativa de um tempo mais alargado de assistência no final da 1ª etapa para resolver de vez o ou os problemas indicados pelo piloto e que estivessem a afetar o andamento da Toyota, animava a equipa. O facto de a prova estar a ser disputada em pistas molhadas e sem o pó que normalmente dificulta as ultrapassagens, a perspetiva de disputar a 2ª etapa em condições normais era pelo menos desprovida de menos um handicap.

  “Infelizmente o animo cedo se esgotou quando me apercebi que os problemas continuavam e pior que isso, quando não conseguimos superar uma subida que todos os carros que vinham atrás de nós, com maior ou menor dificuldade, iam conseguindo superar. Não foi difícil perceber o que estava a passar. Apesar dos nossos reparos estávamos sem tração dianteira desde o prólogo. A partir daqui nada havia mais a fazer. Havemos de regressar com redobrado animo. Sabemos que temos andamento para lutar pelas primeiras posições e porque não ambicionar repetir uma vitória. Assim tudo esteja a funcionar nas melhores condições” salientou o piloto. O Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno regressa a 7 e 8 de abril com o Algarve a receber mais uma edição da Baja TT de Loulé.