quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

PEUGEOT 3008DKR MAXI APONTAM À VITÓRIA NO RALI DAKAR 2018

Autor de um histórico triplo pódio em 2017, o Team PEUGEOT Total volta a ter a vitória como objetivo naquela que será a 40ª edição do Dakar, completando um longo e difícil périplo de 9.000 km que percorre o Perú, a Bolívia e a Argentina, entre 6 e 20 de Janeiro.

  PEUGEOT 3008DKR EM VERSÃO MAXI 

O Team PEUGEOT Total desenvolveu um novo carro para o Dakar 2018. Mantendo o sistema de duas rodas motrizes, o PEUGEOT 3008DKR transformou-se este ano em versão “Maxi” de modo a desenvolver a máxima performance, contando com carroçaria mais larga (2,40 m) para uma maior estabilidade.

DREAM TEAM MANTÉM ALINHAMENTO

 O ‘Dream Team’ da PEUGEOT Total, conjunto que em 2017 arrebatou 9 vitórias em 10 etapas, entra em 2018 sem alterações na sua formação: Stéphane Peterhansel/Jean-Paul Cottret, Carlos Sainz/Lucas Cruz, Sébastien Loeb/Daniel Elena e Cyril Despres/David Castera. Este quarteto de pilotos tem no seu palmarés nada menos do que 19 vitórias no Dakar (em automóveis e motos). Já a equipa PEUGEOT SPORT totaliza 6 vitórias em 7 participações (1987 a 1990 e de 2015 a 2017).

  UMA COR PARA CADA UM

 4 formações, 4 carros, 4 cores: os PEUGEOT 3008Maxi apresentam-se individualmente com uma cor específica, na frente e no tejadilho: - Stéphane Peterhansel/Jean-Paul Cottret (nº 300): amarelo - Carlos Sainz/Lucas Cruz (nº 303): azul - Sébastien Loeb/Daniel Elena (nº 306): branco - Cyril Despres/David Castera (nº 308): vermelho

  REGULAMENTOS TÉCNICOS E DESPORTIVOS MAIS EXIGENTES 

Os regulamentos técnicos de 2018 obrigam a diversas modificações desfavoráveis aos carros de 2 rodas motrizes, face aos modelos de 4 rodas motrizes que tiveram uma diminuição até 100 kg do peso mínimo e um aumento de 300 mm no curso da suspensão, enquanto os PEUGEOT 3008DKR contam com um lastro de 70 kg. Por conseguinte, os engenheiros da PEUGEOT SPORT trabalharam arduamente para compensar estes handicaps regulamentares raramente vistos.

 Os regulamentos desportivos do Dakar 2018 foram alvo de uma nova evolução de forma a tornar a navegação ainda mais complexa. Assim, passa a ser interdita a utilização de mapas a bordo dos veículos: num percurso que se antevê particularmente difícil, os navegadores irão sofrer bastante, mas, pelo menos, as regras são iguais para todos.

UM PERCURSO MUITO SELETIVO Para a 40ª edição do Dakar, os organizadores anunciaram um percurso particularmente difícil: 5 Etapas de areia no Perú, 3 Etapas em altitude na Bolívia, com um ponto mais elevado nos 4.785 metros, a que seguem a longa Etapa-Maratona com perto de 1000 km e a severa Etapa “Super Fiambala” na Argentina, setores que já em 2017 foram demolidores para as equipas. No total, apresentam-se pela frente 8.793 km de setores cronometrados.

ÚLTIMOS TESTES 

Cyril Despres e David Castera partiram um pouco mais cedo para a América do Sul, a meio de Dezembro, fazendo-se acompanhar de um PEUGEOT 3008DKR Maxi, com a missão de realizar testes em altitude no Chile. Amanhã (dia 4 de Janeiro), em Lima, os quatro carros de competição efectuam um último Shakedown antes de se apresentarem nas Verificações Técnicas na sexta-feira (dia 5) e alinharem à partida do Dakar 2018 no dia seguinte (sábado).

O QUE ELES DISSERAM...

 Bruno Famin, Diretor da PEUGEOT SPORT “Detentores das últimas duas vitórias na prova, incluindo o triplo pódio em 2017, o nosso objetivo não pode ser outro que não seja a vitória no Dakar 2018. Mas a vitória nesta competição está longe de poder estar garantida à partida. Este Dakar 2018 anuncia-se como uma prova apaixonante, mas muito longa e com dificuldades garantidas. O percurso é mais extenso do que o do ano passado, sendo também mais difícil devido a extensas etapas de areia logo no início, nas quais podem surgir já grandes dificuldades. A Etapa Maratona de 1.000 km será, também, um forte desafio e na Argentina as coisas não vão ser mais fáceis. Se juntarmos a tudo isto uma concorrência bem preparada e uma profunda alteração nos regulamentos, não restam dúvidas de que temos pela frente uma prova extremamente complicada. Ter a vitória como objetivo num contexto destes é já uma enorme ambição. Para isso, além das qualidades do PEUGEOT 3008DKR Maxi, os nossos argumentos passam por contar com quatro equipas totalmente capazes de se bater pela vitória.”

 Stéphane Peterhansel (PEUGEOT 3008DKR Maxi nº 300) “Penso que esta edição vai ser mesmo muito difícil. O seu percurso apresenta referências às origens africanas do Dakar, com muito deserto, muitas dunas e talvez algumas reviravoltas nas especiais mais longas. Isto deixa muita coisa em aberto e é até possível que não seja o mais rápido a impor-se. No início deste projeto estabeleci como objetivo oferecer à PEUGEOT o reencontro com as vitórias. Isso foi conseguido e, pela minha parte, sinto menos a pressão do que nos anos anteriores, mas sinto, na mesma, uma enorme motivação em ganhar este Dakar com a PEUGEOT. O carro está ainda mais eficaz do que no ano passado. A sua maior largura torna-o mais fácil de controlar em curva e deverá permitir também um melhor desempenho nas dunas. Estamos muito satisfeitos com esta evolução, que já tivemos a ocasião de ensaiar ao longo de mais 5.000 km de testes, o que equivale ao total de troços cronometrados de um Dakar.” 

Carlos Sainz (PEUGEOT 3008DKR Maxi nº 303) “Sinto-me particularmente bem nesta fase que antecede o início deste Dakar. Preparei-me como habitualmente, intensificando a preparação física à medida que o rali se aproximava. É o nosso último Dakar com a PEUGEOT e tenho todas as intenções de ser bem-sucedido. A equipa trabalhou arduamente no desenvolvimento deste novo PEUGEOT 3008DKR Maxi que representa um passo em frente. Entre todos os Dakar disputados na América do Sul, penso que esta edição é a que totaliza mais quilómetros nas dunas. A navegação será uma questão delicada, com muitas possibilidades para saídas de pista. Começar com dunas logo no início da prova vai tornar este Dakar muito interessante. Nestas condições, as características do PEUGEOT 3008DKR Maxi deverão jogar a nosso favor. Contudo, as evoluções no regulamento técnico não nos são favoráveis. Temos mesmo de ter isso em conta.”

 Sébastien Loeb (PEUGEOT 3008DKR Maxi nº 306) “Para mim, a vitória é agora ou nunca, ou algo parecido com isso. É a minha última oportunidade para conseguir vencer esta prova. O Daniel fez um bom trabalho ao nível da navegação. É motivante. Sabemos que a vitória está ao nosso alcance e garanto que vou partir com esse objetivo. Neste momento há muitos parâmetros a ter em linha de conta num Dakar... É longo e corremos sempre o risco de tudo perder por muito pouco, principalmente devido ao regresso em força das dunas. Para a imagem que as pessoas têm de um rali-raid, isto é positivo, mas, em contrapartida, é um tipo de terreno no qual não tenho realmente grande experiência. É um tipo de percurso que não me favorece. No que respeita ao carro, está muito mais estável, mais agradável de conduzir e com melhor amortecimento. Dá-nos mais confiança e, por isso, poderemos atacar com mais força.”

 Cyril Despres (PEUGEOT 3008DKR Maxi nº 308) “Estou já a concentrar-me no terreno e nas dificuldades das etapas. As primeiras especiais, no Perú, terão lugar em areia. Não temos por hábito passar tanto tempo nas dunas, mas encaro a coisa com serenidade pois o nosso carro deverá passar à vontade. O calor vai fazer-se sentir logo no início e, de seguida, seremos rapidamente confrontados com especiais mais estreitas em montanha, a grande altitude. Há também especiais como Belém e Fiambale, que atacamos sempre com algum receio. Temos de contar com a altitude, as areias muito macias, e os ‘waypoints’ que nunca são fáceis de encontrar e que tornam a navegação muito complicada. Este Dakar vai ser um mix muito difícil.”