- 48 Motos + 15 Quads + 58 SSV = + 50% face a 2016
- Abrantes dará a partida / Estreia dos novos Polaris / Regresso de João Lopes / Beto Borrego estreia-se nas duas rodas no CNTT / Mais pilotos auto nos SSV
Depois de um excelente arranque em Góis o CNTT volta a explodir no Gavião com um volume de inscrições que ultrapassam as 120 equipas, ou seja mais 50% do que em 2016. Um acréscimo em todas as disciplinas, mas que supera as melhores expectativas nos SSV (+9 motos, + 5 quads e + 25 SSV).
No ano em que o Centro Cultural Recreativo e Desportivo da Ferraria (CCRDF) avança para a sua 30ª edição, a prova “salta” também para fora do concelho do Gavião e na vizinha Abrantes será feita a receção às equipas e terá lugar a partida para a 1ª etapa.
Maio e Patrão contra Bühler
A forma como Sebastian Bühler entrou no CNTT 2017 e se impôs na estreia nas motos de maior cilindrada leva a que, para já, caiba a António Maio (campeão 2015 e 16) e Mário Patrão (campeão de 2008 a 2014) contrariarem o favoritismo do jovem piloto da Yamaha. É certo que tanto Maio como Patrão estiveram em Góis limitados e, por isso, as pistas da Ferraria irão medir o pulso ao potencial deste trio.
No arranque da temporada em Góis destacou-se o “miúdo” Martim Ventura vencedor da Classe TT 1 que se impôs a pilotos credenciados como António Pereira, Fernando Ferreira, David Megre, o regressado Luís Teixeira e Rui Oliveira. Deste grupo, que seguramente irá lutar pelas posições no Top 10, sai o endurista Fernando Ferreira e regressa Salvador Vargas, campeão TT3. Novidade absoluta, pelo menos em termos de CNTT, será a participação de Roberto Borrego nas duas rodas, ele que já este ano foi o 4º classificado na Resistência de Coruche.
Arnaldo Martins marca o passo nos Quad
Apesar de um aumento significativo de Quads relativamente a Góis esse acréscimo é totalmente imputado aos pilotos Hobby. Para o CNTT Arnaldo Martins arranca com todo o favoritismo e com os adversários a puderem ser encontrados num grupo que conta com Filipe Martins, Vitor Caeiro, o veterano António Moreira e o jovem Fábio Ferreira.
Revolução nos SSV e Bruno na mira de muitos
Depois da revolução que foi a “entrada de rompante” em Góis e no CNTT de quase duas dezenas de Can-am Maverick X3 e com as máquinas canadianas a ocuparem as quatro primeiras posições da classificação geral, a americana Polaris promete ripostar na Ferraria com a estreia dos novos RZR Turbo ao qual se associa o regresso “forçado” de João Lopes, mais um player na luta pelo título.
Com mais vinte equipas do que as que estiveram em Góis continua a ser complicado definir em poucas linhas as principais forças em presença.
Se Bruno Martins se destacou dos demais em Góis, ele que venceu na Ferraria em 2016, então aos comandos de um Rage, é, pois, natural que se lhe atribua a maior fatia de favoritismo. Entre os Can-am mais outros quatro se destacaram e quase em partes iguais: Santinho Mendes, Vitor Santos, João Monteiro e Ruben faria.
Já com os novos Polaris em ação é de esperar bons desempenhos por parte do campeão João Dias, que em 2016 confirmou o título exatamente no final desta prova da Ferraria, de Pedro Carvalho, de Rui Serpa e naturalmente do regressado João Lopes.
Na Yamaha Ricardo Carvalho, Mauro Silva e António Ferreira parece ser o trio mais forte enquanto se espera que Nuno Tavares rapidamente entre no ritmo.
Dos automóveis para os SSV
Mas na Ferraria o que não faltam são novidades e nestas não podemos deixar de dar relevo à quantidade de pilotos auto que os SSV estão a atrair.
Se Pedro Grancha se estreou em Góis com Inês Ponte Grancha ao seu lado, mas lutou toda a corrida contra problemas de travões no seu Can-am, o ex-campeão nacional tem agora a concorrência do veterano Francisco Esperto que também acabou por optar por um X3, máquina idêntica à que vai ser pilotada por Pedro Ferreira.
Nuno Madeira, que vai levar ao seu lado o navegador Campeão Nacional auto Filipe Serra, vai pilotar o Polaris Turbo que em Góis esteve aos comandos do seu irmão Pedro Carvalho. Também de Polaris Turbo, mas dos mais recentes, dois pilotos que entre muitas outras vitórias têm no seu currículo duas nas 24 Horas TT de Fronteira: António Coimbra e Luís Silva.
Um programa diferente
A 30ª edição do Raid da Ferraria conta com alterações significativas, sendo a principal novidade o facto da competição ter início na cidade de Abrantes. A prova é constituída por duas etapas. A primeira das quais será realizada dia 25 de março e irá ligar Abrantes a Gavião. A segunda etapa, a realizar dia 26, terá inicio e fim no Gavião, sendo o local de partida diferente do de chegada.
No dia 25 de março terão lugar as verificações entre as 7 e as 12 horas, sendo o limite de entrada em Parque Fechado às 12h30. O briefing de abertura da prova realiza-se às 12h20.
Às 13h30 dar-se-á inicio à 1ª etapa com a saída da 1ª moto do Parque Fechado, seguem-se os Quad e por último os SSV. Os pilotos terão pela frente um percurso de cerca de 36 quilómetros, que terminará na Vila de Gavião.
Após o final desta primeira etapa irá existir um briefing pelas 19H00 no Cineteatro Francisco Ventura em Gavião, local onde também passará a funcionar o secretariado da prova até ao final da mesma. No segundo dia a competição regressa aos terrenos que sempre fizeram parte das anteriores edições do raid, se bem que desta vez cada classe fará duas corridas: uma no período da manhã (SS 2) e outra no período da tarde (SS 3). Os pilotos Hobby apenas irão efetuar a prova da manhã (SS 2).
O primeiro concorrente partirá do Parque Fechado (Gavião) às 7H30. O percurso de ambos os setores seletivos é o mesmo e tem uma extensão de 83 quilómetros. A Zona de Assistência está colocada no término do SS1.
Tendo em conta eventuais dificuldades ao nível de autonomia (especialmente por parte dos SSV) a organização terá um local para uma Zona de assistência intermédia que se situa sensivelmente ao quilómetro 22 do SS2/SS3.
O SS3 terá inicio às 12h15 com a partida da primeira moto do Parque Fechado (Gavião). A entrega de prémios vai ter lugar pelas 19 horas, em frente à Casa do Povo na Rua do Mercado, num pavilhão montado para o efeito.