Longe de ser um dos carros mais competitivos da quase centena de inscritos na grande festa do todo o terreno nacional, o quarteto de pilotos da Nissan Navara da Categoria T2 teve uma prestação verdadeiramente irrepreensível, com o andamento e a gestão da mecânica a roçarem a perfeição. Liderando a categoria T2 desde os treinos, coube a Alexandre Franco fazer o primeiro turno de condução, começando aí a subida na classificação geral. Essa seria a tónica dominante nos turnos seguintes com Bruno Sá, Filipe Carvalho e Sérgio Vitorino. A liderança na Categoria T2 nunca esteve em perigo, mas com o passar das voltas o top-ten passou a ser uma realidade, até que perto das 13 horas de corrida um toque envolvendo outros concorrentes acabou por fazer quase tudo cair por terra. Ao passar no local do acidente, a Nissan Navara acabou por ser atingida pela viatura de outra equipa, danificando a direcção e transmissão direita, o que custou perto de sete voltas, na medida em que desde o momento do toque, até á chegada ás boxes, a operação levou cerca de uma hora.
Reparada a Nissan Navara, a recuperação desde a décima quinta posição só terminou no sétimo lugar absoluto, com o quarteto de pilotos da Nissan Navara a ganhar duas posições nos últimos quarenta e cinco minutos de corrida, altura em que se assumiu como a mais rápida equipa em pista. No final, o balanço é muito positivo, com o sétimo posto final a ser aliado a uma segunda vitória consecutiva na Categoria T2, para o qual muito contribuiu a preparação e assistência da Nissan Navara a cargo da equipa técnica da JR Sport, que antes e durante a prova voltou a estar ao nível do desafio proposto.
Após a corrida, Alexandre Franco dizia que “foi um fim-de-semana de emoções. Preparámos bem a nossa participação nesta edição das 24H de Fronteira e fomos ao encontro da nossa estratégia do ano passado, procurando um andamento rápido, constante e sem exageros. Conheço bem a nossa Nissan Navara, assim como os pilotos que compuseram a equipa, pelo que a experiência de todos neste carro foi fácil encontrarmos o ritmo que melhor nos servia e tudo correu como previsto. Apenas durante a noite (cerca das 2h30) é que tivemos um imprevisto, quando dois concorrentes bateram á nossa frente, sendo um deles projectado contra o nosso carro. Pensei que tínhamos tudo perdido, mas nunca baixámos os braços e forçámos o andamento até à última volta, o que nos valeu uma saborosa vitória na classe e um excelente sétimo lugar á geral. Parabéns ao Bruno Sá, Filipe Carvalho e Sérgio Vitorino pela brilhante prestação, ao meu mano Rui e ao Ricardo Batista pelo excelente trabalho de coordenação, á JR Sport que preparou e assistiu o nosso carro, á minha mãe, que uma vez mais cuidou de todo o catering da equipa e á equipa belga liderada pelo Pieter de Backere, que assistida pela nossa equipa técnica, também esteve em evidência na prova e que nos marcou também pela boa disposição”.
Em conjunto com a Nissan Navara da Scuderia Goldentrans esteve ainda a Isuzu D-Max dos belgas Pieter de Backere, Julien Demuych, Johan Gitsels e Bernard Munster, que viram a sua prova comprometida pela quebra de caixa de velocidades da Isuzu, que ainda no primeiro quarto da corrida os fez perder inúmeras voltas. Uma ponta final mais forte levá-los-ia a terminar no top-trinta da grande maratona.
