Elisabete Jacinto e a restante comitiva do 26º Rallye Aïcha des Gazelles desembarcam hoje em Tanger, Marrocos, após terem passado dois dias no barco que ligou a Europa ao norte de África.
A viagem é aproveitada para descansar da azáfama dos dias que antecederam a partida, mas também são muito úteis para preparar a prova e alinhar estratégias: “É aqui no barco que aproveitamos para dar uma vista de olhos aos mapas de anos anteriores, para relembrar algumas passagens menos evidentes, discutir procedimentos e definir estratégias. Estes dias são longos mas acabam por ser bastante úteis”, afirmou Elisabete Jacinto.
Hoje a comitiva do 26º Rallye Aicha des Gazelles dirige-se a Meknes onde as participantes vão pernoitar e logo de manhã partem em direção a Erfoud onde terá inicio, no próximo dia 23 de Março, esta grande prova de navegação.
O Rallye Aïcha des Gazelles decorre ao longo de oito dias no coração de Marrocos. A prova inicia-se em Erfoud e termina em Foum Zguid, nas regiões do interior marroquino muito próximo da fronteira com a Argélia onde as paisagens áridas do deserto são uma constante. Passagens de montanha, dunas de areia fina, trilhos muito íngremes e zonas muito pedregosas serão alguns dos pisos que as concorrentes vão encontrar ao longo desta competição. As grandes dificuldades serão, sem dúvida, a travessia do Erg Chebi logo no início da competição e do Erg Chegaga já nos últimos dias de prova.
Para vencer, as equipas terão que ir o mais em linha reta possível e isso implica realizar percursos de grande dificuldade técnica e que exigem muita perícia de condução. A competição é discutida ao metro e ninguém quer ficar para trás. Por vezes as melhores opções de percursos em termos de distância são também as mais complexas em termos de condução. É devido às suas características desafiantes que todos os anos milhares de mulheres de todo o mundo se sentem impelidas em participar neste rali.