A China e o Team Peugeot Total têm, em conjunto, uma grande história! Em 2010 e 2011, os 908 triunfaram em Zhuhai. Quatro anos depois, a Peugeot Sport voltou a este continente, que é o mais importante em volume para a Marca, com um novo desafio, impondo-se de novo. Este dia 11 de Setembro de 2015 passará a ser parte da história da competição da Peugeot como a data da primeira vitória do PEUGEOT 2008 DKR numa prova, mas também da primeira dobradinha.
Ao longo de 15 dias, Stéphane Peterhansel/Jean-Paul Cottret (nº 181) e Cyril Despres/David Castera (nº 182) enfrentaram 2000 km de sectores cronometrados e 3479 km de ligação antes de erguerem os respectivos troféus à chegada a Dunhuang. Instalado no topo da classificação a partir da 2ª etapa, Stéphane Peterhansel nunca baixou os braços. Além da primeira vitória em etapas, que alcançou para o PEUGEOT 2008 DKR na 2ª Etapa, «Peter» acumulou 7 vitórias, reforçando a cada dia a sua posição de líder, numa prova que faltava no seu palmarés. Conseguiu-o um mês depois de ter comemorado o seu 50º aniversário!
O palmarés do PEUGEOT 2008 DKR também se alargou a Cyril Despres. Perfeccionista e muito estudioso, progrediu a cada dia com o seu novo companheiro de equipa, David Castera. Esta dupla implacável alcançou a primeira vitória em etapas na SS11 e depois outra na SS13, ao mesmo tempo que contribuiram para um total de cinco dobradinhas para o Team Peugeot Total ao longo da prova. A sua regularidade levou-os ao 2º lugar no China Silk Road Rally no final da 4ª etapa, posição de que não mais sairam até ao final, em Dunhuang.
O percurso foi longo e muito variado, num ritmo por vezes cortado quando, por exemplo, foi necessário anular a 3ª etapa ou mesmo com as mudanças nos horários de partida, quando a organização se viu obrigada a verificar a subida das águas após as chuvas torrenciais que cairam nas regiões atravessadas. Mas este China Silk Rally fez-se, também, entre dunas a perder de vista, irregulares ou até mesmo monstruosas. Seguiram-se as zonas rápidas, leitos secos de rios, zonas pedregosas ou enlameadas. Nada foi poupado às duas equipas. Através de todos esses tipos de terreno, o PEUGEOT 2008 DKR demonstrou uma excelente fiabilidade, sem que nenhum problema técnico limitasse as progressões de Peterhansel e de Despres. Os desenvolvimentos técnicos implementados viram-se, assim, validados como poderosos e duradouros. Seja nos difíceis cruzamentos das dunas ou em secçõs rápidas, os 2008 DKR demonstraram as suas capacidades. Algumas destas evoluções serão incluídas no novo PEUGEOT 2008 DKR 16, que será testado para o próximo Dakar. Até lá, o Team Peugeot Total irá saborear este dobradinha antes do seu regresso à Europa.
Bruno Famin, Director da Peugeot Sport: «Viemos acumular quilómetros e experiência, mas saímos daqui com uma vitória e uma ‘dobradinha‘. Estou muito orgulhoso do trabalho realizado pelos nossos pilotos e pela equipa no local e em Vélizy. Todos estamos a trabalhar arduamente há mais de um ano neste projeto e o resultado alcançado hoje é uma grande recompensa, mesmo que o nosso principal objectivo continue a ser o Dakar. A estrada é ainda muito longa e muito complexa, mas é muito bom já ter este resultado no bolso! O Stéphane e o Jean-Paul fizeram um rali notável de início até fim, gerindo o andamento onde era preciso e atacando na hora certa, pelo que esta vitória não surge por acaso. Quanto ao Cyril e ao David, estiveram fantásticos! Para a sua primeira corrida juntos, encontraram o seu andamento e construíram a sua cumplicidade. Eles seguiram as instruções e - melhor ainda – recompensaram-nos com duas vitórias em etapas. Parabéns aos quatro!» Stéphane
PETERHANSEL: «Estamos orgulhosos e satisfeitos por sermos os primeiros a dar uma vitória ao PEUGEOT 2008 DKR! Esta última especial, nomeadamente os últimos quilómetros foram stressantes, ouvindo-se todos os ruídos, gerindo-se cada metro. O Cyril e o David aproximaram-se de nós e subimos juntos até ao stop final. Globalmente, este rali foi longo em duração, não necessariamente o mais duro em quilometragem, sendo muito agradável em condução pura, em paisagens absolutamente deslumbrantes, como nos lagos das dunas. Não tivemos qualquer problema técnico e o objetivo foi alcançado. Todas as manhãs sabíamos ter confiança no carro, já que a equipa faz, todos os dias, um trabalho incrível. É bom para o moral! A haver, o único senão terá sido o cancelamento da 3ª Etapa que se anunciava sumptuosa no meio das dunas. A minha melhor lembrança permanecerá, sem dúvida, na chegada da última especial, nomeadamente a felicidade nos rostos dos membros da equipa. Uma bela recompensa!»
Cyril DESPRES: «Estamos super felizes. Não esperávamos tal resultado. Foi um rali longo com muitos e variados terrenos para descobrir, onde conseguimos ver a nossa de progressão. Tenho a sensação de não ter estado a 100%. Houve sempre qualquer coisa todos os dias que nos impediu de rolar no máximo na totalidade da especial. Sobre o David, considero que evoluímos bem. Ainda temos que trabalhar em conjunto mas vamos instalar automatismos, como nos ‘debriefings‘ a quente no final das especiais, etc... Tal como o Stéphane, lamento não termos podido fazer a 3ª Etapa. Estávamos no ritmo da 2ª, no que é, certamente, uma das minhas melhores recordações das especiais. O ritmo neste rali também nos permitiu fortalecer os laços com a equipa, para vivermos plenamente em junto o resultado.»
