Paulo
Gonçalves viveu hoje uma verdadeira etapa de azar na edição de 2014 do
Rali Dakar, que ficou marcada pela queda do piloto português Ruben
Faria, a quem prestou auxílio até à chegada da equipa médica.
Já
na fase final do percurso da terceira etapa, que ligava San Rafael a
San Juan, na Argentina, Paulo Gonçalves seguiu um grupo de pilotos por
uma rota diferente da correta e acabou por perder as aspirações à luta
pelo pódio final.
“Foi
um dia muito mau que comprometeu o meu resultado na prova. Cometi um
pequeno erro a seguir outros pilotos, acabámos por descer a montanha e
quando vi que era o caminho errado já não conseguia subir para a pista
certa. Tentei subir várias vezes, caí muitas vezes a tentar subir e
danifiquei bastante a mota, ficando sem road-book e instrumentos de
navegação”, explicou Paulo Gonçalves.
O piloto de Esposende deparou-se depois com o compatriota Ruben Faria caído no percurso e rapidamente se prontificou a ajudar. “Assim
que vi o Ruben caído parei de imediato a prova e chamei a assistência
médica, ficando com ele até à chegada do helicóptero. Não me pareceu ter
nada de grave, já sei que está bem e que vai ter de ficar um ou dois
dias internado apenas para observação”, esclareceu Gonçalves.
“Amanhã o objetivo é tentar chegar ao bivouac”
De
partida para o quarto dia de Dakar na América do Sul, Paulo Gonçalves
terá pela frente uma etapa por caminhos típicos do “faroeste”, depois de
uma noite em que a assistência da equipa oficial Honda HRC fica de
fora.
“Amanhã o objetivo é tentar chegar ao bivouac e a partir daí será ajudar o meu companheiro de equipa Joan Barreda a manter a liderança da prova”, concluiu.
De
San Juan a Chilecito, ainda na Argentina, a caravana de “motards”
enfrentará um total de 563 quilómetros de percursos, dos quais 353 será a
contra-relógio.