Senense acabou sozinho entre vales ao terceiro dia de prova
Mário Patrão foi mais um dos pilotos azarados ao terceiro dia de prova no Dakar 2014, depois de uma passagem pela montanha puxar as elevadas dificuldades da maior prova de Todo-o-Terreno do mundo.
A terceira etapa, que terminou sem assistência por ser uma etapa “maratona”, ligou as localidades argentinas de San Rafael a San Juan, por entre mais de 500 quilómetros e com particular altitude a rondar os 4.500 metros.
Inicialmente a integrar o “Top 20”, Mário Patrão acabou por ser vítima de uma armadilha na montanha e descer ao 36.º lugar da classificação geral.
“Foi uma etapa verdadeiramente difícil. A mota ficou sem bateria e tive de controlar o road-book à mão, o que não foi de todo fácil. Acabei por seguir um percurso na lateral de uma montanha que quanto mais tentava seguir mais descia até ao vale. Sair de lá não foi nada fácil, acabei sozinho no meio do percurso e sem instrumentos de navegação para chegar ao fim”, justificou o piloto da RR Motos, Suzuki e Crédito Agrícola.
O Dakar 2014 ruma a Chilecito, ainda na Argentina, para mais 563 quilómetros de etapa, dos quais 353 serão cronometrados.
“Só penso em chegar ao final”
Mário Patrão terá de fazer mais uma etapa difícil até chegar à zona de assistência, sem road-book, e só depois de reparar os estragos poderá retomar a corrida em perfeitas condições até ao Chile.
“Amanhã vai ser um dia extremamente difícil, não temos assistência hoje e terei de poupar a mota até chegar a Chilecito. Só penso em chegar ao final. Depois disso quero cumprir o objetivo de chegar ao fim e, se possível for, chegar aos bons resultados nas restantes etapas”, disse.
Mário Patrão é o terceiro melhor português em prova.
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