quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Carlos Sousa regressa ao sexto lugar da geral na despedida do Chile


- Apesar de um erro de navegação que lhe custou mais de 15 minutos e de várias paragens forçadas para baixar a temperatura do seu SUV Haval no extenso cordão de dunas do Atacama – um problema já recorrente pela deficiente ventilação do motor –, Carlos Sousa logrou hoje subir mais uma posição na geral na despedida do Chile, regressando ao sexto lugar com que abriu esta edição e fechou a sua última participação em 2010…

A cinco dias da chegada a Lima e após dez etapas cumpridas, Carlos Sousa como que regressou ao ponto de partida, assumindo novamente o sexto lugar com que abriu esta 33ª edição do Dakar, precisamente no dia em que a caravana se despediu do Chile.

Numa etapa particularmente difícil e que incluiu um pouco de tudo – pistas de terra, pedra, areia, dunas, fesh-fesh e muita navegação –, o piloto português viria a ser o oitavo mais rápido a cumprir os 377 km da especial que ligou Iquique a Arica, cedendo apesar de tudo quase 44 minutos para o vencedor da tirada por força dos vários problemas que condicionaram o seu andamento:

“Ao contrário da etapa de ontem, hoje tivemos um dia bastante atribulado. Desde logo, falhámos completamente na afinação do carro e passámos por muitas dificuldades nas partes mais duras do percurso. Depois, cometemos alguns erros de navegação, num dos quais perdemos mais de 15 minutos até encontrarmos a pista certa. Mais para o final, na passagem pelas dunas, tivemos ainda que parar algumas vezes para baixar a temperatura do carro, num problema que tem sido recorrente devido à deficiente refrigeração do motor”, resumiu Carlos Sousa à chegada ao acampamento em Arica.

“Enfim, tudo somado, perdemos bastante tempo neste dia, que foi realmente muito sofrível pelas inúmeras paragens que tivemos que realizar na parte final do percurso. Sem vento de frente, a temperatura do motor ultrapassa rapidamente o limite aconselhável, pelo que a única solução é mesmo parar o carro e esperar que tudo volte ao normal. É um pouco frustrante porque não podemos fazer mais nada senão
esperar e ver os outros carros passarem”
, lamentou o piloto português, que apesar de tudo beneficiou dos problemas com o MINI de Krysztof Holowczyk para, e pelo segundo dia consecutivo, subir mais um lugar à geral.

“É um resultado fantástico e que tudo faremos para segurar até final. Mas faltam ainda cinco dias e nesta altura da prova as mecânicas já se começam a ressentir e qualquer pequeno problema pode resultar num grande atraso”, avisou Carlos Sousa na véspera do Peru se tornar no 27º país a receber a caravana do Dakar.

Nota final para o facto de Robby Gordon, atual terceiro classificado da geral, estar em risco de ser excluído da prova pelo Colégio de Comissários Desportivos na sequência de irregularidades técnicas detetadas no seu Hummer após o final da etapa de ontem.

Amanhã, a 11ª etapa do Dakar levará os concorrentes desde Arica (Chile) até Arequipa (Peru), num percurso total de 598 km que inclui uma especial cronometrada de 478 km em pistas inéditas neste rali.

CLASSIFICAÇÃO – ETAPA 10


Roma/Périn
MINI
3h59m37s


Peterhansel/Cottret
MINI
a 21s


De Villiers/Von Zitzewitz
Toyota
a 7m44s


Gordon/Campbell
Hummer
a 14m14s


Ten Brinke/Baumel
Mitsubishi
a 29m47s

(…)


SOUSA/GARCIN
GREAT WALL
a 43m47s

GERAL – APÓS ETAPA 10


Peterhansel/Cottret
MINI
28h41m12s


Roma/Périn
MINI
a 19m05s


Gordon/Campbell
Hummer
a 19m51s


De Villiers/Von Zitzewitz
Toyota
a 1h01m33s


Novitskiy/Schulz
MINI
a 2h00m55s


SOUSA/GARCIN
GREAT WALL
a 2h27m53s