domingo, 31 de outubro de 2010

Nuno Matos abandona em Portalegre quando liderava T2 e lutava por lugar no pódio absoluto


-Final inglório para o já vencedor da Taça Internacional FIA de Bajas na categoria T2
-Piloto de Portalegre assumia-se como a grande surpresa da prova organizada pelo ACP
-Seguia em quarto da geral quando partiu ponteira da direcção após toque de um adversário


Jornada de consagração pela conquista do título mundial da categoria T2, a ponta final da Baja BP Ultimate Portalegre 500 revelou-se madrasta para as legítimas ambições de Nuno Matos e Filipe Serra naquela que é justamente considerada a prova “rainha” do calendário nacional da modalidade.

Líder destacada da categoria T2 desde a Super Especial da véspera, a dupla do Cetelem | Fedima | Team acabaria por ser forçada a abandonar já no decorrer do terceiro e último sector da prova quando era quarta classificada à geral e lutava por uma surpreendente presença no pódio absoluto.

Um toque inadvertido de um concorrente à altura da sua ultrapassagem, sensivelmente ao km 120 do último sector, precipitou a quebra da ponteira da direcção da Isuzu D-Max, impossibilitando a equipa de prosseguir em prova.

“É um daqueles incidentes algo insólitos de acontecer, sobretudo durante uma prova de todo-o-terreno, mas que infelizmente nos veio estragar a corrida e a hipótese de fecharmos o ano com chave de ouro. Apesar das difíceis condições em que se encontrava a pista, estávamos a realizar uma prova isenta de percalços, controlando os nossos principais adversários ao nível da categoria T2 – a vantagem era já superior a 10 minutos – e tentando defender a nossa posição à geral”, começa por explicar o portalegrense.

“Na verdade, as coisas até estavam a correr melhor do que o previsto… Mas tudo se alterou após apanharmos o Pedro Grancha quase parado em pista: ao tentar ultrapassá-lo numa recta, e após assinalarmos a nossa presença pelo Sentinel, ele desviou-se para a direita quando, por azar, seguíamos já a seu lado, batendo numa das rodas do nosso carro. Sei que ele não teve qualquer culpa neste incidente, até porque a visibilidade era quase nula, mas o facto é que a direcção da Isuzu ficou de tal forma afectada que a ponteira viria a ceder após mais cerca de 30 km”, contou o desalentado piloto.

Apesar deste inglório desfecho, fica o registo de Nuno Matos ter garantido em 2010 o quarto título consecutivo da sua ainda carreira, numa época em que venceu três provas internacionais (Espanha, Hungria e Estoril-Marrakech) e concluiu duas outras no pódio (Rússia e Itália).