sábado, 5 de junho de 2010
Vários objectivos numa prova
Publicado em sábado, junho 05, 2010
Pontuar para o Nacional e para a Taça do Mundo e discutir a vitória à geral, tudo isto numa prova só!
As 50 equipas participantes na primeira edição do Rally TT Vodafone Estoril-Portimão-Marrakech, que amanhã largam para a parte competitiva da prova, têm pela frente dois objectivos bem diferentes: em primeiro lugar a competição pontuável para o campeonato português e que terminará na manhã de terça-feira; depois e para os que continuarem pelas pistas marroquinas, há uma classificação geral a disputar, com muitos quilómetros e muito calor pela frente.
Pontuável para a Taça do Mundo de Ralis de Todo-o-Terreno, a prova trouxe até nós o russo Leonid Novitskiy, actual líder da competição, que tentará aproveitar a ausência dos seus principais adversários para conseguir uma importante pontuação: «Se vencer a prova, o triunfo da Taça do Mundo está garantido, mas sei que tenho pela frente concorrentes com muita qualidade. A minha presença serve sobretudo para ganhar rodagem e poder medir forças com adversários fortes, para me situar em termos competitivos», referiu o piloto do BMW X3.
Já o campeão português em título, Filipe Campos, que tripula carro idêntico, tem um problema diferente pela frente: «A minha inexperiência em África será determinante face ao conhecimento desse tipo de terreno dos meus principais adversários. Ainda fiz três dias de testes em Marrocos, mas não foi suficiente, pelo que estou claramente em desvantagem. No entanto, espero progredir dia a dia e poder estar na luta pela vitória final.»
Mais um piloto e mais um problema diferente. Miguel Barbosa, actual líder do campeonato português, parte com o seu Mitsubishi Lancer limitado em termos competitivos: «Pela força dos regulamentos internacionais, com os quais não posso estar de acordo porque pago para correr e não um piloto profissional, tenho de montar um restritor diferente daquele que utilizo nas provas do Nacional, para o qual este evento é válido, e que não me permite ser tão competitivo como gostaria. De qualquer forma vou tentar antes de tudo conseguir um bom resultado para o nosso campeonato e depois preocupar-me com a geral absoluta.»
Entre os ausentes, saliência para Carlos Sousa, que não conseguiu chegar a acordo com nenhuma das equipas presentes na prova - Mitsubishi e BMW - para poder participar: «Tentei tudo, mas acabou por ser impossível o regresso à actividade. E tenho imensa pena, pois sempre pensei neste projecto, que poderá ter um desenvolvimento importante no futuro, já que permite fazer uma grande prova de aventura africana a custos razoáveis.»
www.estorilportimaomarrakech.com