terça-feira, 1 de junho de 2010
Duplo desafio para Nuno Matos na mais longa e mediática prova do calendário deste ano
Publicado em terça-feira, junho 01, 2010
- Campeão Nacional de T2 aspira à pontuação máxima na mais longa etapa do calendário
- Rali TT Vodafone Estoril-Marrakech compreende um total de 8 etapas e 10 SS
- Piloto de Portalegre vai pela primeira vez competir em solo africano
Com novo figurino, nova designação e o aliciante de, pela primeira vez, se projectar para Marrocos, a primeira edição do Rali TT Vodafone Estoril – Marrakech assume-se como mais um novo e aliciante desafio para os actuais líderes da Taça Internacional FIA de Bajas. Além de procurarem repetir a vitória em T2 na última edição do Transibérico, Nuno Matos e Filipe Serra farão parte da caravana que se lançará para África, na estreia absoluta da dupla do Cetelem | Fedima | Team nas grandes pistas de areia do Sahara… A aventura começa já este domingo. Pela frente, oito dias de corrida e quase dois mil quilómetros de troços cronometrados!
Única prova europeia pontuável para a Taça do Mundo FIA de Todo-o-Terreno, o reformulado Rali TT Vodafone Estoril – Marrakech, a disputar entre os dias 5 a 15 de Junho, é o próximo desafio de Nuno Matos e Filipe Serra. Os actuais líderes da Taça Internacional FIA de Bajas partem do Estoril com o duplo objectivo de lutarem pela pontuação máxima da quinta prova do ano pontuável para o Campeonato português e, ao mesmo tempo, renovarem a vitória do ano passado ao nível da categoria T2 à chegada deste longo e exigente rali a Marrakech.
“Será a mais longa prova que alguma vez enfrentámos”, começou por destacar o piloto do Cetelem | Fedima | Team, como sempre acompanhado por Filipe Serra na Isuzu D-Max inscrita na categoria T2. “Comparativamente ao antigo Transibérico, a quilometragem praticamente duplicou, pelo que a gestão da corrida terá de ser ainda mais rigorosa, uma vez que é nossa firme intenção disputar as oito etapas que compõem o figurino deste rali”, acrescentou o portalegrense.
Vencedor nacional da categoria T2 na última edição, a que juntou o 10º lugar absoluto e o 6º entre as equipas portuguesas, Nuno Matos está perfeitamente ciente das dificuldades e dos desafios de um rali tão longo e variado: “É realmente um evento muito especial, diferente de todos aqueles que já disputei este ano na Taça Internacional FIA de Bajas. Por um lado, teremos três etapas em Portugal a que correspondem outras tantas pontuações para o campeonato de T2, funcionando cada dia como um novo rali. Mas enquanto a maioria dos meus adversários concluirá a prova no Algarve, a nossa equipa prosseguirá para África tendo pela frente ainda mais cinco longas etapas e logo num tipo de terreno completamente desconhecido para nós. Mais do que nunca, será crucial fazer uma gestão muito rigorosa da prova, encarando cada etapa sempre com redobradas precauções”, alertou o actual líder da Taça FIA de Bajas.
O próprio trabalho de preparação foi bastante específico, “uma vez que nunca a Isuzu D-Max enfrentou uma prova tão extensa e variada. Na verdade, foi preciso realizar algumas adaptações no carro, a começar, por exemplo, pela colocação de um novo macaco que pudesse elevar o carro nas dunas, compressores para encher/vazar os pneus e as pranchas para desatascar o carro da areia”, enumerou.
Contudo, acrescenta o Campeão Nacional do Agrupamento T2, “mais do que apreensivo, o meu sentimento é mesmo de expectativa pela possibilidade de competir pela primeira vez em África, um Continente que tanto fascínio desperta aos praticantes desta modalidade. Enfim, depois da neve na Rússia, das pistas de pedra em Itália e do lamaçal em Reguengos de Monsaraz, só faltava mesmo experimentar a areia e as grandes dunas do Sahara. É uma temporada repleta de descobertas e que seguramente vai tornar-me um piloto bastante mais completo no final deste ano”, completou o piloto do Cetelem | Fedima | Team, já com três pódios conquistados ao nível da categoria T2 em quatro provas realizadas.
Com novo e aliciante figurino, esta primeira edição do Rali TT Vodafone Estoril – Marrakech compreenderá, então, um total de oito etapas, as três primeiras em Portugal e as restantes em Marrocos, divididas por dez sectores selectivos que perfazem perto de dois mil quilómetros cronometrados, dos mais de três mil que compõem a totalidade do percurso, com início no Estoril, passagens por Grândola, Almodôvar, Portimão, Tavira, Er Rachidia, Zagora e final em Marrakech.