sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Hélder Rodrigues vive dia difícil mas mantém 3º da geral


MARCAR POSIÇÃO APESAR DAS CONTRARIEDADES

Hélder Rodrigues viveu hoje um dia muito complicado na mais longa especial do Dakar até ao momento: uma queda provocou uma avaria na sua Yamaha WR 450 e limitou a sua prestação. Mesmo assim, o 14º tempo na 7ª etapa permite-lhe manter o 3º lugar da geral – o que é já um feio inédito para um piloto luso.

Foi verdadeiramente a tempestade antes da bonança. Cumprida uma imensa especial – a mais longa até à data – com cerca de 600 quilómetros demolidores entre Iquique e Antofagasta, o Rali Dakar Argentina-Chile chegou a meio. Para trás ficaram sete dias e um total de 4.666 quilómetros, num desafio extremo que o piloto Hélder Rodrigues superou com brilhantismo. Até hoje nenhum outro piloto português conseguiu chegar a esta fase da prova numa posição tão destacada. “Chegar ao meio do Dakar em terceiro da geral é mesmo a concretização de um sonho”, confessou Rodrigues no final da 7ª etapa.

Embora com um final feliz, esta etapa revelou-se uma missão quase impossível para o motard luso, que sofreu uma queda ao quilómetro 380; “Cai devagar e não me magoei, mas o punho do acelerador partiu-se e por momentos temi o pior. Para continuar tive que fazer mais de 200 quilómetros a puxar o cabo do acelerador o que me atrasou muito. Mesmo assim estou feliz por ter conseguido chegar e por poder continuar a lutar pelo meu sonho – um lugar no pódio do Dakar”. Rodrigues mantém-se em 3º da geral, a 1h20’08’’ do líder Cyril Despres.

Amanhã a caravana do Dakar cumpre o tradicional dia de descanso em Antofagasta, numa altura em que o número de desistentes ultrapassa já a centena de concorrentes (136).