
Depois de um furo nos primeiros quilómetros que o fez perder cerca de cinco minutos, Carlos Sousa encetou uma boa recuperação, concluindo a 10ª etapa do Argentina-Chile Dakar 2010 na 10ª posição. Um resultado que lhe permitiu reforçar o sexto lugar da classificação geral, uma vez que se impôs por sete segundos a De Villiers, o piloto da VW vencedor da edição do ano passado. Para além de ser o melhor português em prova, Carlos Sousa também reforçou a liderança entre os privados, assim como entre os pilotos que tripulam viaturas equipadas com motores a gasolina. E faltam quatro etapas para o fim do mais duro rali do mundo...
Os objectivos para o dia de hoje no Argentina-Chile Dakar 2010 passavam por controlar um eventual ataque do VW do sul-africano De Villiers, mas apesar de um furo que o fez perder cerca de cinco minutos nos quilómetros iniciais, Carlos Sousa chegou ao final da especial a ganhar sete segundos ao vencedor da edição do ano passado. Ou seja, não só reforçou o sexto lugar da classificação geral, como
deixou bem claro ao piloto oficial da VW que só um problema técnico ou um grande contratempo é que o poderão derrotar nesta particular luta pela sexta posição.
No final dos 238 quilómetros cronometrados da etapa que ligou La Serena a Santiago do Chile, Carlos Sousa explicou que “foi ao quilómetro 10 que comecei a sentir que estava com um furo lento. Não parei de imediato, mas um pouco mais tarde concluí que tinha de proceder à troca do pneu. Na operação perdi cerca de cinco minutos, mas o problema é que se deve ter partido um dos fios dos intercomunicadores e deixei de conseguir ouvir as notas do Matthieu (Baumel)”, o navegador francês que acompanha o almadense na edição deste ano do Argentina-Chile Dakar 2010.
Mesmo não se tratando de uma etapa a exigir navegação, Carlos Sousa cumpriu cerca de 200 quilómetros sem as notas conferidas pelo roadbook. Uma forte condicionante que, ainda assim, não o impediu de encetar uma boa recuperação, já que se ao quilómetro 40 era apenas o 16º classificado, no controlo final foi-lhe creditado o 10º melhor tempo. “Os furos acabam por ser um imponderável menor numa prova como o Dakar, pelo que acabei por cumprir com os objectivos com que iniciei a etapa: manter o sexto lugar e não correr riscos desnecessários. Depois dos dias no deserto do Atacama, esta
foi uma etapa muito técnica, disputada em zona montanhosa e com uma afluência de público verdadeiramente impressionante. Na realidade, estou surpreendido com o apoio e o entusiasmo dos milhares de pessoas que acompanharam a especial”.