
•Juvanteny, Criado e Roman viveram uma jornada complicada, onde tiveram de mudar pneus por três vezes, na sequência de furos.
•As pedras escondidas debaixo do fesh-fesh foram uma armadilha para o trio español, numa altura em que ocupavam a sexta posição.
Dizem que no Rally Dakar tens sorte se só tens problemas num dia e fazendo fé nesse ditado o KH-7 Epsilon Team estava com sorte até à data. O MAN de Jordi Juvanteny, José Luis Criado e Fina Roman perdeu ontem uma roda pouco depois de começar a especial e hoje a malapata com os pneus, não só persistiu, como se agravou.
Tudo havia começado bem; Juvanteny sentia inspirado, como quase sempre quando há dunas e passou, inclusivamente, ao quilómetros 117, numa extraordinária sexta posição. O que o trio do MAN 511 não sabia era que três quilómetros mais adiante, começaria o seu calvário. Por três vezes tiveram de mudar de roda; a primeira, no km 120 depois de um choque do pneu contra uma raiz, imediatamente antes de se inciar uma pronunciada subida em terra. O seguinte, foi na frente: ainda mal tinham colocado os cintos quando, um quilómetro mais à frente, voltaram a parar. Desta vez o pneu saíra da jante.
“Não há coisa mais chata do que furar duas vezes seguidas e para mais se estás aos comandos de um camião”, explica Juvanteny aludindo ao tamanho e ao peso das rodas de um veículo como o seu. Segundo o piloto “estamos a pagar pela sorte que tivemos nos outros dias, onde também havia muitas pedras escondidas debaixo da areia e onde passámos com muito pouca pressão sem, contudo, furar”.
Não imaginavam eles que ainda teriam um terceiro furo, o que colocou à prova a paciência do trio. “Esta situação foi apenas a 10 quilómetros do final, o que dá ainda mais raiva”, lamentava Roman.
Com estes contratempos o camião do KH-7 Epsilon Team chegou ao final no 15º posto e gastou 5 horas e 27 minutos para cumprir uma especial que foi encurtada para 169 quilómetros. Na geral mantém-se no décimo primeiro lugar.