
A segunda metade do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno começa com o Rali Transibérico, a principal prova do calendário nacional. Carlos Sousa, líder do CPTT e já vencedor do evento do ACP-Sport por cinco vezes, parte apostado em voltar a subir ao degrau mais alto do pódio, sabendo que se o conseguir ficará ainda mais próxima de mais um título de campeão nacional, o quinto da carreira. Contudo, a tarefa não se adivinha fácil, pois para além dos principais pilotos portugueses, terá de contar com a forte concorrência estrangeira que vai também procurar vencer.
Mas a meta do piloto de Almada é mesmo ganhar o Trasibérico. “É esse o meu objectivo e é com esse pensamento que vou. Não vou estar a pensar nas contas do campeonato, mas naturalmente que se conseguir vencer o título fica mais próximo para nós e mais difícil para os nossos adversários. Sabemos que não teremos vida fácil, pois para além do Filipe (Campos) e do Miguel (Barbosa), desta vez vamos também oposição estrangeira, sobretudo do Juan Roma e do Guerlain Chicherit. Esta corrida traz-me sempre óptimas recordações, lembro-me muito bem do meu primeiro triunfo, que era algo que ambicionava, e estou com alguma ansiedade à espera do arranque da prova”, confessa.
O Transibérico assinala também a despedida do motor diesel no Mitsubishi Racing Lancer. “De facto, tudo aponta nesse sentido. É uma prova que conheço bem, que se desenrola num terreno mais favorável ao nosso carro, pelo que estou confiante que poderemos voltar a vencer. Esse é o meu desejo e tudo vou fazer para o conseguir”, conclui.
A prova do CPTT que antecede o interregno de Verão será como sempre longa e difícil. Na quinta-feira os pilotos enfrentam uma curta super-especial na zona de Abrantes, para da parte da tarde percorrerem pouco mais de 180 quilómetros ao redor de Castelo Branco. Sexta-feira a corrida muda-se para Espanha, com uma dupla passagem por um Sector Selectivo de 142 km em Valverde del Fresno, antes do repouso em Mérida. O regresso a Portugal faz-se no Sábado, com o clássico SS junto de Mora, que terá uma extensão de mais de 210 km e será percorrido por duas vezes, estando a assistência instalada em Beja. A prova termina no Domingo no Estoril, depois de duas passagens por um Sector com quase 160 quilómetros junto da capital do Baixo Alentejo.