Muito calor e muito pó marcaram hoje o arranque da HunGarian Baja, em Gyor, na região Oeste da Húngria. O prólogo, disputado ao final da tarde, seria suposto ser mais simples para as equipas pois em teoria não teriam que enfrentar o calor, que durante o dia andou pelos 37ºC. Mas o final da tarde acabou por ser algo nefasto para os participantes, pois a temperatura embora um pouco mais baixa, continuou na casa dos trinta graus, e as condições da pista deram a origem a que passagem após passagem se fosse erguendo um manto de pó que persistia sobre a pista devido á falta de vento.
Se para os concorrentes das motos as coisas foram relativamente simples, já para os automóveis, percorrer os 7 quilómetros do prólogo foi algo complicado, com alguns a terem mesmo que levantar o pé na esperança de ver o pó dissipar-se um pouco á sua frente.
Sem grande surpresa, o mais rápido no prólogo foi Leonid Novistkiy, o Russo da X-Raid que veio á Hungria com o claro objectivo de marcar pontos para a Taça FIA. Novitskiy precisou apenas de 4m48s para percorrer o primeiro sector.
Em segundo lugar teria ficado Erik Korda, mas a sua exclusão ditou que o segundo fosse Miroslav Zapletal, com o BMW X3 ex-X-Raid que levou mais 2 segundos a percorrer o prólogo. Antes da partida, Zapletal disse que: "Antes desta corrida apenas fizemos a Baja Espanha, e só tivémos um mês para preparar a HunGarian Baja. Apesar de serem 30 dias, apenas terminámos os preparativos hoje ás 2:30 da manhã. Não temos a certeza se tudo vai funcionar bem, mas esperamos não ter problemas. Não temos ar condicionado, mas no Abu Dabhi e na Túnisia foi muito mais quente do que aqui. Gostariamos de ter uma corrida agradável, e ir para casa com boas recordações. A hipótese de vencer existe sempre, mas um pequeno detalhe pode destruir todo o trabalho."
O terceiro no prólogo foi o Russo Boris Gadasin, com o proto G-Force. Por ter partido em segundo para a super especial já foi um pouco penalizado pelo pó, e talvez seja essa a razão de não ter feito melhor. Mesmo assim, o terceiro garante uma boa posição para a partida para o dia de amanhã, onde se espera realmente muito pó nas pistas com muitas pedras e sobretudo árvores. Gadasin, confiante graças ao bom resultado do ano passado disse que: "Treinámos bastante, e temos já instalado um sistema de ar condicinado devido ao tempo quente. Mas este sistema permite que quando nós precisamos de toda a potência, ela esteja presente porque ele se desliga automáticamente. Esta pista é algo desconhecida para nós. Gostámos das pistas em redor de Veszprém. E no ano passado não tivémos problemas, e por isso, eu espero ser capaz de vencer a prova." Resta dizer que o Russo precisou de 4m55s, mais 10s do que o vencedor da super especial.
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Fonte: todoterreno.pt
