sexta-feira, 13 de maio de 2011
Volkswagem a um passo de terminar as suas participações nos ralis de todo o terreno
Publicado em sexta-feira, maio 13, 2011
Não é exactamente uma novidade o anúncio que a Volkswagen fez ontem acerca da sua entrada no WRC. Já há bastante tempo que circulavam notícias e rumores acerca deste novo rumo da casa alemã, que demonstravam um forte interesse dos alemães em entrar no Mundial de Ralis. Subsistia a dúvida se essa entrada seria feita com um Sirocco ou se com um Polo, dúvida essa agora desfeita ao divulgar que seria um uma versão do novo Polo.
Através do comunicado oficial, Kris Nissen, o director desportivo da marca disse que: "Nós podemos apoiar-nos numa experiente e bem sucedida equipa que fez um trabalho extraordinário nos últimos anos. Mesmo que o WRC seja um novo território para nós e envolva um processo de aprendizagem em muitas areas, a equipa já conhece vários dos pré-requisitos e tem uma atitude profissional estando disposta a fazer tudo na absoluta perfeição neste novo desafio."
Agora, depois do marco na história da Volkswagen e do Dakar, ao ter sido a primeira marca a conseguir vencer o Dakar com um carro a diesel, feito que repetiu mais 2 vezes, a equipa germânica decide entrar em mais uma modalidade altamente competitiva, uma uma máquina totalmente diferente do Volkswagen Race Touareg. O novo Polo R WRC que irá estar equipado com um motor 1.6 TSI, que coloca quase 300cv no chão através de um sistema de tracção integral.
A equipa anunciou que a entrada em força no WRC será apenas em 2013, e que durante o ano de 2012 cumprir um programa de desenvolvimento do novo carro que prevê algumas participações em provas do campeonato, para além de muitos testes.
Mas para além do que de bom possa trazer a entrada da VW no Mundial de Ralis, levanta-se finalmente a grande dúvida do que irá acontecer no tocante aos ralis de todo o terreno. Na prática, a equipa irá abandonar as suas participações no Dakar e nas outras (poucas) provas onde ainda fazia correr os seus pilotos. Aqui e ali já vão surgindo comentários e alguns rumores, que com ou sem fundamento vão apontando algumas das hipoteses do que poderá vir a acontecer no futuro com os carros e pilotos da equipa.
Recordemo-nos que a VW tinha desenvolvido uma nova versão do Race Touareg para o Dakar 2011, e que também este novo carro demonstrou grande fiabilidade e rapidez, permitindo a Nasser Al-Attyiah vencer a corrida, onde teve como concorrência a sério apenas o seu companheiro de equipa Carlos Sainz. Estes carros levantam agora muita curiosidade, quanto ao destino que a equipa lhes irá dar. Porém, devido a toda a tecnologia que encerram, não será fácil certamente a VW deixar que eles venham para o mercado. Algumas fontes já dizem que outra marca poderá pegar nos carros, modificando-lhes a carroçaria para um dos seus modelos. Outras dizem que os carros irão ser vendidos a outros pilotos... rumores!
Quanto aos pilotos, já se disse que Carlos Sainz irá fazer parte da equipa de ralis, não se sabendo ainda com o devido detalhe qual a função que irá ter. Quanto aos outros, embora o director de equipa fale na sua própria equipa como um todo, não tocou em nomes, mas será muito pouco provável que De Villiers ou Marc Miller venham a integrar a equipa de ralis.
Na teoria, o abandono da VW, apesar de ser uma relativa má notícia, poderá acabar por trazer algo de novo aos ralis de todo o terreno, em particular ao Dakar. Esta marca dominava em absoluto, apesar dos esforços da X-Raid, Robby Gordon e dos pilotos que utilizam carros da extinta equipa oficial da Mitsubishi. Agora, com a quase certa saída de cena dos carros alemães (pelo menos a nível oficial) os outros, e em particular a X-Raid poderá ter finalmente a sua grande chance de conseguir o resultado que tanto procura: A vitória no Dakar.
Para que tudo o que foi dito atrás seja confirmado, ainda temos que aguardar até que seja divulgado de forma oficial o que vai acontecer a frota de viaturas Race Touareg e aos seus pilotos, mas para já, é com alguma tristeza que se assiste ao quase certo abandono da maior equipa, ao mesmo tempo que com alguma esperança se espera por um (grande) aumento na competitividade das provas.
Fonte: todoterreno.pt